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2010/07/03

David VILLA ´´O ILUMINADO´´

ESP Espanha 1 PAR Paraguai 0
David Villa of Spain celebrates after he scores his side's first goal with team mate Francesc Fabregas
Todo artilheiro precisa de frieza, faro de gol, um pouco de sorte e, não menos importante, persistência. David Villa pode bem dizer isso. Neste sábado, em Johanesburgo, o atacante estava no lugar certo para decidir a classificação inédita da Espanha para a semifinal da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010.
Em um confronto equilibrado no estádio Ellis Park, com dois pênaltis desperdiçados em sequência, foi o matador quem tratou de resolver, mais uma vez, a vida dos atuais campeões europeus. Em bate-rebate na área após chute de Pedro na trave direita de Justo Villar, ele ficou com o rebote em seus pés e chutou no canto direito. A bola voltou a bater na trave, mas dessa vez entrou. Foi seu quinto gol no Mundial, para se isolar na tabela.
Villa brilhou mais uma vez (Foto: Reuters)
Se os espanhóis possuíam o time mais técnico, claramente, os paraguaios se apresentaram com aplicação tática, destreza defensiva e contra-ataques perigosos. É o tipo de postura que manteve o placar intacto em seus jogos por mais de quatro horas seguidas em solo sul-africano.
A Fúria agora enfrenta a Alemanha na semifinal, que será disputada no dia 7 de julho, em uma reedição da final da Eurocopa de 2008, na promessa de mais grande duelo pelos mata-matas.
Mudanças no tabuleiroO técnico Gerardo Martino surpreendeu ao promover uma revolução em sua escalação para o confronto, trocando cinco titulares em relação ao time que passou pelo Japão nas oitavas, sem contar o retorno de Victor Cáceres para a cabeça-de-área, após cumprir suspensão. Em compensação, a Espanha foi composta pelo mesmo time titular de toda sua campanha, com exceção feita ao duelo com Honduras, que viu Jesus Navas e David Silva nas vagas de Andrés Iniesta e Fernando Torres.
Entre os Guaranís, Darío Verón fez sua estreia na lateral-direita, no lugar de Carlos Bonet. Jonathan Santana e Edgar Barreto foram para o meio-campo, enquanto Enrique Vera perdeu o lugar pela faixa direita. No ataque, em vez de três peças, o argentino decidiu usar apenas uma, com Óscar Cardozo e Nelson Haedo formando a dupla, em vez do trio Roque Santa Cruz-Lucas Barrios-Edgar Benítez.
A ideia do treinador foi colocar Santana e Barreto adiantados no meio-campo para exercer uma marcação por pressão na intermediária espanhola, para, quiçá, dificultar o toque de bola de seus talentosos adversários. Quando os campeões europeus avançavam com a bola, os sul-americanos recuavam seus jogadores e por vezes usavam até mesmo Haedo na contenção.
Fúria e técnicaPor 20 minutos, funcionou muito bem. Os espanhóis só acertaram seu primeiro chute a gol com perigo em jogada esperta de Xavi, aos 28. O meia do Barcelona dominou a bola com reflexo e tentou, da entrada da área, encobrir Justo Villar com um toque sutil, para fora. Antes disso, o time já começava a penetrar em território oponente trocando passes com velocidade, de pé em pé, para abrir espaços, deixando Iniesta, Torres ou David Villa no mano-a-mano, situação em que são muito perigosos. Eles também deram atenção à saída de bola e forçaram alguns erros de passes.
O Paraguai começou a ficar acuado, desta forma, em seu campo, restando-lhe o contra-ataque como única resposta e alternativa. Uma boa oportunidade para tanto saiu aos 35 minutos, quando Barreto foi ligeiro para lançar o lateral Claudio Morel pela esquerda. O ex-jogador do Boca Juniors avançou em velocidade e cruzou para a área. Santana, por pouco, não alcançou a bola em mergulho, livre, dentro da área.
David Villa







Aos 45, Cardozo fez belo passe no meio para Valdez, que protegeu bem a bola e partiu à frente do zagueiro rumo à área. Com certa liberdade, ele acabou não progredindo tanto e arriscou de fora da área, muito por cima do gol de Iker Casillas, no último lance da primeira etapa.Frenesi em campoEm uma noite fria no Ellis Park, o jogo demorou alguns minutos para esquentar no segundo tempo. O panorama mudou, contudo, e drasticamente, aos 58, quando, em bola aérea paraguaia, o zagueiro Gerard Piqué derrubou Cardozo na área. O artilheiro do Benfica, que havia marcado o gol da classificação ante os japoneses na disputa por pênaltis, foi para a cobrança e, dessa vez, acabou desperdiçando, em defesa de Casillas.Incrivelmente, logo em seguida, um minuto depois, foi a vez de a Espanha ter um pênalti a seu favor, e a torcida nem teve tempo para respirar. Villa arrancou pela esquerda, entrou na área e foi derrubado por Antolín Alcaraz. Xabi Alonso bateu pela primeira vez e marcou. Mas o árbitro Carlos Batres mandou voltar. Na segunda tentativa, o meio-campista viu Villar fazer a defesa, espalmando. Após confusão na área, no rebote, os paraguaios se livraram com um escanteio.Quando a histeria coletiva que se instaurou na arena, a Espanha se assentou e voltou a ter domínio de bola no ataque e passou a chegar com perigo. Até que aos 83 minutos, a barreira paraguaia foi rompida. Iniesta arrancou pelo meio e desarmou a zaga, para passar para Césc Fábregas (que entrou no lugar de Fernando Torres) na área. O meia bateu firme, e a bola explodiu na trave direita de Villar para sobrar nos pés de Villa. O artilheiro chutou cruzado. A bola voltou a tocar na trave, mas dessa vez acabou na rede.O Paraguai ainda teve uma chance de buscar o empate aos 89 minutos, quando Lucas Barrios recebeu lançamento pela direita e partiu para a área. Ele chutou rasteiro, e Casillas soltou. Na sobra, o goleiro foi arrojado e fechou o ângulo na finalização de Roque Santa Cruz. No fim, a combinação entre o goleiro e Villa acabou sendo preponderante para o triunfo espanhol.

ALEMANHA É O FUTEBOL SHOW DA COPA


Ainda falta um longo caminho para a Alemanha buscar seu quarto título mundial na África do Sul 2010, mas não há como não se impressionar com o desempenho da equipe de Joachim Löw na fase eliminatória da Copa do Mundo até aqui.
Klose comemora a classificação e Messi lamenta
Klose comemora o segundo gol da Alemanha

Depois de terem eliminado a Inglaterra numa goleada por 4 a 1 nas oitavas de final, os alemães tiveram pela frente mais um adversário de peso neste sábado e foram igualmente convincentes. Thomas Müller abriu o caminho logo no início e, no segundo tempo, Miroslav Klose marcou duas vezes – para chegar a seu 14º gol em Mundiais, um a menos do que o recordista Ronaldo - e Arne Friedrich fecharam uma vitória histórica por 4 a 0, que coloca os alemães em sua terceira semifinal seguida de Copa do Mundo da FIFA.Se há algo a se lamentar de resultado tão histórico foi o segundo cartão amarelo para Müller. O meia, que, assim como Klose, se juntou à longa lista de artilheiros da Copa, não disputará a partida da quarta-feira, dia 7, em Durban, diante do ganhador da disputa desta noite entre Espanha e Paraguai.Depois de terem assistido à apresentação alemã nas oitavas de final diante da Inglaterra, era de se esperar que os argentinos estivessem preocupados com a velocidade dos contra-ataques puxado pelo trio Thomas Müller-Mesut Özil-Lukas Podolski.
Técnico comemora o terceiro gol da seleção alemã
Não podia ter sido pior, então, a situação que já se deu aos três minutos: cobrança de falta de Bastian Schweinsteiger para a área e, de cabeça, Müller desviou de leve, para tirar do goleiro Sergio Romero. Mal o jogo começava e os alemães já tinham a vantagem no placar que lhes dava liberdade para aproveitar os contra-ataques.E, de fato, foi o que se viu: nos seguintes 20 minutos de jogos, os sul-americanos se mostraram completamente perdidos em campo e envolvidos pela habilidade dos alemães do meio-campo para a frente. Miroslav Klose foi quem teve a chance mais clara de aumentar o placar, aos 24 minutos, quando, sozinho, bateu por cima do travessão.A partir daquele lance, então, o jogo se assentou – o que significou a Argentina com mais posse de bola e tranqüilidade, pouco a pouco tomando conta da partida. Foram poucos os lances de real perigo, mas ao menos já começava a se desenhar a tônica que
Seleção alemã comemora o terceiro gol contra a Argentina marcaria o início da segunda parte: argentinos no ataque e alemães, mais acuados, esperando o momento para contra-atacar.Na medida em que o tempo passava, ficava claro que algum gol ainda sairia: ou o empate argentino – que esteve próximo, em oportunidades de Ángel Di Maria e Gonzalo Higuaín – ou o segundo da Alemanha. Com a efetividade que tem mostrado desde o início do Mundial, os alemães resolveram a parada, aproveitando-se do espaços deixados na defesa da Albiceleste.Primeiro foi uma jogada rápida pela esquerda, em que Müller aproveitou falha da defesa, serviu Podolski e este chegou até a boca do gol para tocar para Klose, livre e sem goleiro. Era o 2 a 0 que desestabilizava de vez os argentinos aos 23 minutos e que abria o placar para aquilo que começava a se tornar uma vitória histórica, com o terceiro gol seis minutos depois, em jogada de Schweinsteiger também pela esquerda, que quem completou para o gol vazio foi Arne Friedrich. E, incrivelmente, ainda havia mais. O resultado já assustador ganhou um traço a mais de histórico quando Klose anotou seu segundo gol do dia e, com isso, se igualou a Gerd Müller com 14 gols em Mundiais – um a menos do que o recordista, Ronaldo. Como na Alemanha quatro anos atrás, a campanha argentina acabou diante dos alemães nas quartas de final. Dessa vez, porém, com hecatombe e diante de uma equipe que dá pinta de ser a sensação do torneio.
maradona
Messi tenta sair da marcação de Schweinsteiger
O argentino Martin Demichelis divide bola com Schweinsteiger

Klose teve uma atuação memorável na vitória alemã por 4 a 0 sobre a Argentina neste sábado. Além de marcar dois gols e se tornar o artilheiro da Copa do Mundo com quatro gols, o atacante germânico está a dois gols de ultrapassar o brasileiro Ronaldo e tornar-se o maior artilheiro de todos os tempos em Mundiais. Ele tem 14 tentos contra 15 do Fenômeno.
Além de levar sua equipe à semifinal da Copa do Mundo, Klose empatou com o compatriota Gerd Müller em número de gols em Copas e superou o brasileiro Pelé o francês Fontaine. (ambos têm 13 gols em Mundiais).
A Alemanha enfrenta o vencedor de Espanha e Paraguai, na próxima quarta-feira, às 15h30 (horário de Brasília), em Durban.
- Me alegro muito pelo Klose. Nunca duvidei de sua qualidade - elogiou o técnico Joachim Löw.

Klose marcou dois contra a Argentina

Solidez na defesa, massacre no ataque

Per Mertesacker and Manuel Neuer of Germany celebrate victory
A Alemanha está uma verdadeira máquina de fazer gols. Foram quatro contra a Inglaterra e mais quatro contra a Argentina. Todo o mundo do futebol está falando sobre o forte ataque do jovem e despreocupado selecionado de Joachim Löw. No entanto, o meia-atacante Thomas Müller revelou a verdadeira receita do sucesso germânico em entrevista exclusiva à FIFA após a goleada por 4 a 0 pelas quartas de final da Copa do Mundo da FIFA 2010 contra os astros de Diego Maradona.
"Vencemos porque jogamos bem taticamente", declarou o jogador de 20 anos. "Acima de tudo, temos uma defesa muito organizada que não deixa muito espaço para o adversário. Os argentinos deram talvez alguns chutes de longe, mas não mais do que isso." Neste sábado, o craque do Bayern de Munique marcou o seu quarto gol na competição, mas recebeu o seu segundo cartão amarelo e cumprirá suspensão no confronto pelas semifinais contra a Espanha.
Mais do que parar Messi"O essencial foi marcarmos o segundo gol", continuou Müller. "No primeiro tempo, a Argentina havia pressionado mais. Além disso, outro fator importante foi que temos vários jogadores com muita criatividade lá na frente." O número 13 da Alemanha aproveitou para elogiar o motor da Nationalelf, Bastian Schweinsteiger, que está sendo o perfeito elo de ligação entre os setores defensivo e ofensivo. O volante teve o seu talento reconhecido contra a Argentina e foi eleito o Craque do Jogo Budweiser. Müller fez uma observação interessante a esse respeito. "Hoje, o prêmio deveria se chamar O Time do Jogo", observou.
Manuel Neuer comemorou a atuação da defesa alemã. Mais uma vez, o goleiro saiu de campo sem sofrer gols. Até aqui, ele foi vazado apenas duas vezes na primeira Copa do Mundo da FIFA em solo africano. "O nosso sistema defensivo esteve muito forte", afirmou. "Não foi apenas o [Lionel] Messi, foi todo o ataque argentino. Estávamos muito bem organizados taticamente. Além disso, tivemos bastante espaço para contra-ataques e aproveitamos as oportunidades."
Com a suspensão de Müller, Marko Marin, que não entrou em campo na Cidade do Cabo, poderá ter a sua chance no próximo confronto. O excelente driblador também falou com a FIFA. "Acredito que o fator decisivo foi que, em geral, não demos chances ao Messi nem ao ataque da Argentina."
Excelente na defesa, a Alemanha também deu um show no ataque, com oito gols em um intervalo de cinco dias contra a Argentina e a Inglaterra, duas seleções inicialmente cotadas entre as favoritas ao título. "Quando fizemos 4 a 0, quase nem acreditei", declarou o capitão Philipp Lahm ao deixar o vestiário do Estádio Green Point. "A nossa equipe tem realmente muitíssima qualidade. Acredito que tenha sido uma das melhores partidas que já jogamos até agora. Sabíamos exatamente que estávamos enfrentando uma das seleções favoritas ao título. Acho que eles é que talvez não soubessem disso tão bem."
No entanto, após a goleada sobre a Argentina, todos os concorrentes que ainda permanecem na competição já têm consciência da grande qualidade alemã. O país vem mostrando uma criatividade nunca vista antes. Aliada à sua típica disciplina no setor defensivo, o resultado está sendo uma mistura absolutamente explosiva.

2010/07/02

BELEZA DA COPA

Modelos entusiasmadas com a Copa do Mundo da FIFA
Para quem você torce agora?

POR UM FIO





Classificação emociona Tabárez e Forlán

Oscar Tabárez, técnico do Uruguai, e Diego Forlán, um dos grandes nomes da equipe no jogo, não esconderam a emoção após a vitória que levou o país definitivamente de volta à elite do futebol mundial. A difícil classificação à semifinal da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010, conquistada apenas na cobrança de pênaltis (4 a 2 após empate em 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação) tornou o feito ainda mais marcante.
"Estou muito emocionado, é realmente um momento especial para mim. Não jogamos bem, mas estamos classificados. Esses jogadores são fortes, orgulhosos. A união deles é muito forte. Agora, temos muito pouco tempo para preparar a partida contra a Holanda. Mas sairemos para ganhar", disse o treinador.
Diego Forlán, que fez o gol de empate durante o tempo regulamentar e abriu a cobrança de pênaltis deixando outra vez a sua marca, festejou muito a classificação às quartas.
"Sofremos tanto, mas estamos entre os quatro melhores do mundo!", comemorou o craque uruguaio, dizendo ter sido o mais pragmático possível durante a cobrança de pênaltis que decidiu o jogo. "Meu pênalti? Me perguntei se enganaria o goleiro, mas não, chutei normalmente. Era necessário marcar e só pensei nisso".
Diego Forlan of Uruguay (C) celebrates scoring his side's first goal from a free kick with team mates
O sonho africano de um título em seu território chegou ao fim. Após um empate por 1 a 1, o Uruguai venceu Gana por 4 a 2 na disputa por pênaltis, nesta sexta-feira, em Johanesburgo, e avançou à semifinal  da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010, algo que não acontecia desde o México 1970.
Com um futebol mais solto do que mostrou na primeira fase do Mundial, os uruguaios tiveram raça, técnica e um pouco de sorte para despachar os últimos representantes do continente africano e asseguraram a vaga para um confronto com a Holanda, no dia 6 de julho, próxima terça-feira. Foi o segundo duelo de penalidades no torneio até aqui, após o triunfo do Paraguai sobre o Japão, desta vez decidido por Sebastián “El Loco” Abreu, ídolo do Botafogo.
Até agora, da legião sul-americana que havia se classificado entre os oito melhores, apenas um se despediu nesta jornada: o Brasil, que caiu diante dos holandeses. Ainda restam Argentina, contra a Alemanha, e o Paraguai, contra a Espanha, na competição, para duelos neste sábado.
Gana e Uruguai realizaram um duelo franco no belo estádio Soccer City, especialmente nos últimos 45 minutos, com uma série de ataques e contra-ataques por parte de ambas as seleções, num padrão que destoou dos jogos que o Uruguai fez até aqui.
Na metade inicial, com aposto maciço da torcida, a seleção africana foi dominante, repetindo seu futebol vigoroso diante da Celeste, mas dessa vez com mais controles nos passes e consciência na finalização. Sem contar com o meia Andre Ayew, a equipe conseguiu suas principais jogadas com o meia-atacante Kevin-Prince Boateng, jogador de boa técnica e um preparo físico impressionante.
O time acabou premiado com um gol no último minuto de acréscimo, nos pés de Sulley Muntari. O meia da Internazionale soltou uma bomba da intermediária. Asamoah Gyan teve o reflexo para se abaixar e deixar sua trajetória. O chute acabou surpreendo o goleiro Fernando Muslera, entrando em seu canto esquerdo.
Depois do intervalo, a equipe de Oscar Tabárez foi bastante agressiva, sem se deixar abalar, e teve diversas chances para virar o placar depois de ter buscado o empate em cobrança de falta de Diego Forlán, na quina direita da área, logo aos 55 minutos.
Entre essas oportunidades de gol desperdiçadas, destacam-se duas do centroavante Luis Suárez, herói da classificação às quartas com seus dois gols contra a Coreia do Sul. Dessa vez, porém, o artilheiro do Ajax acabou esbarrando em Richard Kingson, goleiro de reações rápidas e muita elasticidade que fez uma sólida Copa do Mundo da FIFA.
Nos minutos finais, porém, à medida que o fôlego do atacante Diego Forlán ia acabando, a qualidade de ataque da Celeste ia caindo. No fim, o time não teve forças ou precisão para definir a virada, e a partida se encaminhou para a prorrogação – a terceira na África do Sul 2010, a segunda envolvendo Gana, que havia superado os Estados Unidos nas oitavas por 2 a 1.
O Uruguai ainda apresentou alguma ameaça no primeiro tempo extra. No segundo, todavia, a partida voltou a pender para os africanos, que tiveram duas ótimas oportunidades. Até que, aos 32 minutos, em bola levantada para a área, o atacante Luis Suárez cometeu um pênalti ao espalmar a bola em cima da linha, evitando que uma cabeçada decretasse a vitória. O jogador acabou expulso. Na cobrança, Asamoah Gyan, que havia convertido contra Sérvia e Austrália, acabou desperdiçando seu chute, acertando o travessão. A partida se encerrou em seguida.
Na disputa final, Forlán, Mauricio Victorino, Scotti e “El Loco” Abreu, com direito a cavadinha em sua cobrança. O capitão John Mensah e o jovem Dominic Addiyah acabaram desperdiçando suas finalizações.
De figuras conhecidas pelos torcedores brasileiros por parte do lado uruguaio, o zagueiro Diego Lugano, ex-São Paulo, acabou substituído aos 38 minutos, lesionado, dando lugar a Andrés Scotti, enquanto o atacante Sebástian “El Loco” Abreu foi para campo aos 76, no lugar de Mauro Cavani.

"Futebol é assim", diz técnico de Gana

"Futebol é assim", diz técnico de Gana



O sérvio Milovan Rajevac, técnico de Gana, pareceu conformado com a eliminação de sua equipe após a derrota por 4 a 2 na disputa de pênaltis (depois do empate em 1 a 1 no tempo regulamentar e na prorrogação) diante do Uruguai.
"O futebol é assim. Foi uma partida muito difícil, principalmente se lembramos que já havíamos jogado 120 minutos nas oitavas de final", disse o treinador, referindo-se à vitória por 2 a 1 na prorrogação sobre os Estados Unidos.
Os africanos deixaram escapar a classificação nos acréscimos da prorrogação. O uruguaio Luis Suárez evitou o gol de Dominic Adiyiah ao tirar a bola com a mão, em cima da linha, e foi expulso por cometer o pênalti. Na cobrança, Asamoah Gyan mandou a bola no travessão e permitiu que a partida fosse decidida nos pênaltis.
"Naquele momento tivemos a oportunidade de alcançar as semifinais, mas não foi o que aconteceu", lamentou. "Nos pênaltis, os uruguaios tiveram uma vantagem psicológica. Tudo aconteceu muito rápido, cheguei até a pensar na possibilidade de mudar o goleiro".
Gana jogou de igual para igual com o Uruguai e desde o início da partida e saiu na frente com um golaço de Sullay Muntari no final do primeiro tempo. O Uruguai empatou logo no início da segunda etapa, em boa cobrança de falta de Diego Forlán.
"Gana jogou muito bem durante toda a Copa do Mundo, mas hoje faltaram dois de nossos jogadores que nos fizeram muita falta em campo", disse Rajevac, lamentando a ausência de Andre Ayew e Jonathan Mensah, ambos suspensos.