O primeiro vice-presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), e presidente da sigla na Bahia, deputado federal Benito Gama, alvo da operação Ross, que investiga os crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa, se pronunciou no início da tarde desta terça-feira, através de nota enviada à imprensa.
Segundo ele, que diz no documento “repudiar em absoluto qualquer ato de corrupção e tentativa de ser relacionado ao objeto das investigações da Lava Jato”, existe um fato sendo investigado sobre a eleição presidencial de Aécio Neves em 2014 e na condição de presidente nacional do PTB, em exercício à época, foi convidado nesta terça para prestar depoimento sobre este fato, que tem relação com a empresa JBS e a candidatura do senador Aécio Neves.
“Não houve contra a mim nenhuma medida de busca e apreensão ou qualquer outra medida. Assim como em toda a minha trajetória, continuo sempre à disposição da justiça em qualquer investigação. O mesmo faz parte do estado democrático”, enfatizou.
Por fim, reiterou sua lisura e conduta pautada na honestidade. “Seriedade e responsabilidade ao longo destes mais de trinta anos dedicados à de vida pública em prol da Bahia e do Brasil”, finalizou.
A operação tem como base a delação premiada de executivos do grupo J&F. Segundo as investigações, o senador Aécio (PSDB-MG), principal alvo, teria recebido R$ 109 milhões em propina entre os anos 2014 e 2017. O dinheiro era repassado por meio de notas frias emitidas por empresas indicadas pelo senador, segundo indícios apontados pelos investigadores.