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2010/12/08

ROGÉRIO LOURENÇO SÉRIE A 2011

Treinador espera conquistar títulos pelo Bahiao carioca é um apaixonado por sua terra. Assim é Rogério Lourenço, novo treinador do Bahia. Mas sem apego, garante ele. “Não vou sentir saudade do Rio não, cara. Sei que Salvador é uma terra boa e estou muito empolgado para esse desafio”, disse, em entrevista exclusiva concedida na beira da praia da Barra da Tijuca, onde mora.


Divorciado, tem duas filhas, uma de 17 e outra de 10, que vê sempre. Das meninas, ele admite que vai sentir falta quando passar a morar na capital baiana, a partir do dia 2 de janeiro, data da reapresentação do tricolor. “Mas eu já estou acostumado com isso. Fui jogador de futebol e essa é uma coisa ruim, mas natural da nossa profissão”, explica. 

Lourenço se preocupa com sua imagem. A princípio, não queria tirar foto na praia, para não parecer que está “de brincadeira”, mas relaxou e mostrou simpatia. É bom lembrar, no entanto, que ele nem poderia “botar banca”. Com um rosto pouco conhecido, o treinador é a “aposta” que o gestor de futebol, Paulo Angioni, prometeu.
Lourenço não concorda com a alcunha que ganhou, mas aceita: “Se acham que um cara que treinou a seleção sub-20 por dois anos e meio e conquistou bons resultados no Flamengo é uma aposta, tudo bem. Porém, o que me credenciou para ser técnico do Bahia foi o meu trabalho. Não me sinto menor do que ninguém e não caí de para-quedas no futebol”. 
Sobre a passagem conturbada no rubro-negro, ele diz ter feito um bom trabalho, apesar de ter sido demitido em agosto. “Deixei o Fla na décima posição, a três pontos do G-4. Era o melhor momento do time no torneio, mas tivemos problemas com o caso do Bruno, que deixou o grupo muito abalado. O Zico me dispensou, mas não guardo mágoa”, assegura ele, que não acredita que a pouca idade altere o respeito dos atletas. "Trabalhei com vários jogadores experientes e me dava bem com todos eles”, diz.

E ele lembra que, na época de atleta, já representava os companheiros. “Fui capitão em várias equipes e tinha liderança. Já me imaginava como treinador”, confessa.

Curioso para saber como está a situação do time na visão de alguém de fora do clube, o entrevistado virou entrevistador por um instante e recebeu resposta desconfiada, em virtude dos destaques do acesso que o clube tem perdido. “É, mas a gente vai contratar bem”, vislumbra. Neste assunto, ele admite que a última palavra é sempre da diretoria, porém, garante que participará das escolhas. 

Por etapas - Sem frescura, Rogério andou de táxi com a reportagem e, em papo descontraído, reconheceu que os resultados que conquistar no primeiro semestre serão importantes para o seguimento do trabalho. “Vencer o Baiano  e construir um bom elenco desde agora será fundamental”. 

Por enquanto, Lourenço é só alegria. “Estou muito satisfeito em treinar o Bahia, uma grande equipe, de tradição, de massa. Espero poder conduzir o clube a títulos em 2011”.

Quatro perguntas para Rogério Lourenço:

Você começou a carreira com grandes desafios, na Seleção sub-20 e no Flamengo. O Bahia é mais um?
Não tenho a menor dúvida. O desafio é enorme, pela grandeza do Bahia, uma equipe que já foi campeã brasileira e tem uma bela história. Além da torcida, uma das mais fanáticas do Brasil. 

E espera enfrentar no Bahia a mesma pressão que encarou no Flamengo?
A cobrança vai sempre existir em qualquer local. Até porque, no nosso país, o futebol é a maior paixão do povo. A pressão é natural, mas não podemos nos retrair.
O Bahia tem pressa para contratar?
Um pouco, mas ela não pode ser inimiga da correção. Não adianta querer contratar com pressa e o fazer de qualquer forma. Já tivemos conversa preliminar e, dentro da necessidade do Bahia, a prioridade é a manutenção dos jogadores que conquistaram o acesso. Provaram ser vencedores.
O que espera alcançar no clube?
Crescer na profissão e conquistar títulos. Estava esperando essa chance.

ANTÔNIO LOPES EM 2011

Após o rebaixamento do Vitória à Série B, o técnico Antônio Lopes disse sim ao presidente Alexi Portela nesta quarta-feira, 8, e permanece na Toca do Leão para recolocar o rubro-negro na elite do futebol brasileiro.
Em 10 partidas à frente do rubro-negro, Antônio Lopes conquistou duas vitórias, cinco empates e três derrotas. Apesar de o time ter apresentado um melhor futebol sob seu comando, os resultados não foram bons e o Vitória terminou rebaixado.
Baixas no elenco –  O treinador do Leão deve auxiliar a diretoria do clube nas contratações para a próxima temporada. Porém, o delegado pode perder dois jogadores importantes para as disputas do Campeonato Baiano, da Copa do Brasil e da Série B de 2011.
O zagueiro Anderson Martins interessa ao Vasco da Gama, que deve fazer uma proposta oficial para levar o jogador para São Januário. Já o defensor Wallace também pode jogar no Rio de Janeiro, pois está sendo procurado por outro clube carioca: o Flamengo.

2010/12/05

VITÓRIA NO LUGAR CERTO


Torcida rubro-negra faz festa na arquibancada do BarradãoHá sete meses, após conquistarem seus campeonatos estaduais, Vitória e Atlético-GO surpreendiam o Brasil e disputavam a semifinal da Copa do Brasil, da qual o clube baiano foi vice-campeão. Neste domingo, no Barradão lotado, as duas equipes fizeram duelo de vida ou morte e empataram por 0 a 0. Pior para os baianos, que foram rebaixados graças por terem menos vitórias.


Junior é cercado por três jogadores do Atlético-GOAs duas equipes terminaram a competição com 42 pontos, mas os goianos, que subiram à Série A no ano passado, se salvaram por terem 11 triunfos, enquanto o Leão tinha apenas nove. Os comandados de Antônio Lopes se juntam a Grêmio-SP, Goiás e Guarani como novos integrantes da Segundona em 2011. Subiram Coritiba, Figueirense, América-MG e Bahia, novo representante do estado na elite nacional.




O jogo - Apenas um triunfo seria capaz de salvar o Vitória, que foi ao ataque desde os primeiros minutos, empurrado pelo incentivo dos torcedores que tingiram o Barradão de vermelho e preto. O grande problema da equipe baiana foi superar a defesa do adversário, sempre bem postada e, por vezes, cometendo faltas duras.



Antônio Lopes deixou Ramon e Elkeson no banco, com Fernando na armação e Henrique ao lado de Junior e Adaílton, compondo um trio de atacantes. Apesar da formação ofensiva, a equipe criou pouco e teve sua melhor oportunidade no primeiro tempo em lance de bola parada: Fernando bateu falta para a área, Anderson Martins desviou no primeiro pau e mandou rente à trave esquerda de Márcio.
Jogadores do Vitória foram recebidos com festa e foguetório
Mais cauteloso, o time de Renê Simões foi à frente apenas quando a atrapalhada defesa do Leão errava na saída de bola. No lance mais claro, Juninho invadiu a área pela esquerda e bateu sem ângulo, assustando Viáfara, aos 35 minutos. No lance seguinte, Pituca recebeu de Marcão, driblou o arqueiro colombiano e tentou cavar um pênalti, que Sálvio Spínola não marcou.
Diante da ineficiência do 4-3-3, Lopes mudou o Vitória logo no intervalo e fortaleceu o meio-campo com a entrada de Elkeson no lugar de Adaílton. Foi justamente dele, aos oito minutos, o cruzamento para Junior tocar de peixinho e mandar à direita do goleiro Márcio, levantando a torcida aos oito minutos.
A defesa, porém, continuou demonstrando insegurança. Aos nove, Anderson Martins furou e deu um contra-ataque de presente para Juninho, que disparou sozinho, driblou o goleiro, bateu e viu Neto Coruja salvar quase em cima da linha. Insatisfeito, o técnico do Vitória mudou novamente, com Ramon na vaga de Fernando.
Na disputa de bola, Anderson Martins é puxado por Marcão

Precisando desesperadamente do gol, o Vitória se lançou de vez ao ataque e cedeu espaços para o Dragão, que começou a criar chances. Aos 27 minutos, após chute de Elias, Neto Coruja apareceu novamente e tirou com o peito, antes que a bola chegasse ao gol de Márcio. O próprio Neto Coruja cochilou aos 32 e Juninho obrigou Viáfara a fazer boa defesa. No minuto seguinte, o goleiro faria nova intervenção precisa após chute de Marcão.




Vigiado de perto pela zaga do Atlético-GO, Junior tenta dominar a bolaTorcida rubro-negra lota o Barradão para a partida decisivaLopes apostou na entrada do experiente Schwenck na vaga de Henrique, mas não contava com a expulsão de Gabriel Paulista, que foi para o chuveiro mais cedo após cometer falta dura no meio-campo. Mesmo com um a menos, o Vitória pressionou e até chegou a balançar as redes com uma bicicleta de Junior, mas Sálvio Spínola viu falta de Schwenck no lance e anulou a jogada.
FICHA TÉCNICA 

VITÓRIA 0 x 0 ATLÉTICO-GOLocal: Estádio do Barradão, em Salvador (BA) 

Data: 5 de dezembro de 2010

Horário: 17h (Brasília) 
ÁrbitroSálvio Spínola Fagundes (SP) 
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Carlos Berkenbrock (SC) 
Cartão Vermelho: Gabriel Paulista (Vitória)

VITÓRIA: Viáfara; Nino Paraíba, Anderson Martins, Gabriel Paulista e Egídio; Neto Coruja, Uelliton e Fernando (Ramon); Henrique (Schwenck), Adaílton (Elkeson) e Junior. 

Técnico: Antônio Lopes
ATLÉTICO-GO: Márcio; Adriano, Gilson, Welton Felipe e Thiago Feltri; Agenor, Pituca, Robston e Elias (Anaílson); Juninho e Marcão 

Técnico: Renê Simões