DAVID VILLA CRISTIANO RONALDO
A Cidade do Cabo recebe, esta terça-feira, algo mais do que apenas um dos jogos dos oitavos-de-final da Copa do Mundo da FIFA. No Estádio Green Point vão medir forças o segundo e o terceiro classificados do Ranking Mundial da FIFA/Coca-Cola, num confronto entre dois países vizinhos que, apesar da proximidade geográfica que os une, nunca tiveram a oportunidade de se encontrar em fases finais da maior prova futebolística do planeta. A estreia promete.
O jogo
Espanha x Portugal, oitavos-de-final, Cidade do Cabo, Terça-feira, 29 de Junho de 2010, 20h30 (15h30 de Brasília, 19h30 de Lisboa)
Espanha x Portugal, oitavos-de-final, Cidade do Cabo, Terça-feira, 29 de Junho de 2010, 20h30 (15h30 de Brasília, 19h30 de Lisboa)
O duelo ibérico é um dos mais aguardados da primeira ronda a eliminar na África do Sul 2010 e com boas razões para isso. Espanha e Portugal são apontadas como duas das selecções que podem realizar um Mundial inesquecível, mas depois de uma fase de grupos complicada - tanto para La Rojacomo para os Navegadores - uma das equipas despedir-se-á da competição cedo demais.
A Espanha chegou à Copa do Mundo como campeã europeia em título e com uma enorme dose de favoritismo, mas o primeiro jogo foi uma lição de humildade para a equipa de Vicente del Bosque, surpreendentemente derrotada pela Suíça. Soaram os alarmes, mas a Fúria fez aquilo que lhe competia: venceu os dois jogos seguintes – Honduras e Chile – e selou o primeiro lugar do Grupo H e a presença nos oitavos-de-final.
O grupo de Portugal era, notoriamente, um dos mais equilibrados deste Mundial e a selecção das Quinas sabia que qualquer erro podia ser fatal para as suas ambições. O empate (0 a 0) com a Costa do Marfim na primeira jornada não comprometeu nada e a goleada (7 a 0) contra a Coreia do Norte abriu as portas da segunda fase. Mas pela frente Portugal ainda tinha um duelo com o Brasil, no qual voltou a mostrar uma defesa intransponível, somando o terceiro jogo seguido sem sofrer golos e selando o segundo lugar do Grupo G.
As duas selecções chegam à Cidade do cabo praticamente na máxima força. Xabi Alonso e Raul Albiol são os únicos lesionados entre os espanhóis, enquanto Carlos Queiroz apenas não vai poder contar com Rúben Amorim, voltando a ter Deco à disposição.
O duelo
David Villa x Cristiano Ronaldo
O avançado espanhol já fez história na África do Sul, ao tornar-se no melhor marcador de sempre daLa Roja em fases finais de Copas do Mundo, com um total de seis golos. O atleta que vai trocar o Valência pelo Barcelona soma três tentos na África do Sul 2010 e, para já, leva a melhor sobre o futuro rival do Real Madrid. Cristiano Ronaldo foi eleito o Craque do Jogo Budweiser nos três jogos disputados por Portugal até agora, mas só fez balançar as redes uma vez. O avançado luso até tem sido dos mais rematadores na África do Sul, mas à excepção do golo marcado à Coreia do Norte a sorte não tem estado do seu lado. Dois remates aos ferros e muitos outros que falharam o alvo por pouco abrem o apetite para o duelo com o avançado espanhol.
David Villa x Cristiano Ronaldo
Villa acaba com o sonho português
O avançado espanhol já fez história na África do Sul, ao tornar-se no melhor marcador de sempre daLa Roja em fases finais de Copas do Mundo, com um total de seis golos. O atleta que vai trocar o Valência pelo Barcelona soma três tentos na África do Sul 2010 e, para já, leva a melhor sobre o futuro rival do Real Madrid. Cristiano Ronaldo foi eleito o Craque do Jogo Budweiser nos três jogos disputados por Portugal até agora, mas só fez balançar as redes uma vez. O avançado luso até tem sido dos mais rematadores na África do Sul, mas à excepção do golo marcado à Coreia do Norte a sorte não tem estado do seu lado. Dois remates aos ferros e muitos outros que falharam o alvo por pouco abrem o apetite para o duelo com o avançado espanhol.
Cristiano Ronaldo: "Estou destruido"
Getty Images
O astro da selecção portuguesa Cristiano Ronaldo não escondeu a tristeza depois da derrota, por 1 a 0, com a Espanha e a eliminação da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010 nos oitavos de final. O avançado, que tinha a missão de liderar a equipa em campo e carregava as esperanças dos adeptos portugueses, disse estar "destruido" após o duelo desta terça-feira.
"Estou destruido, completamente desolado, frustrado e com uma tristeza inimaginável", disse Cristiano Ronaldo, ao site Gestifute.com.
Ao ser questionado pelos jornalistas sobre a derrota logo após a partida, o jogador do Real Madrid disse que as perguntas deveriam ser colocadas ao técnico Carlos Queiroz. Mais tarde, Ronaldo fez questão de esclarecer sua reacção.
"Sou o capitão, sempre assumi e sempre assumirei minhas responsabilidades, mas naquele momento não poderia dizer mais que três ou quatro frases lúcidas. Quando disse que perguntassem ao técnico, foi simplesmente porque Carlos Queiroz estava na conferência de imprensa e poderiam ouvir as suas explicações. Eu não tinha condições de explicar nada", explicou Ronaldo. "Peço que não procurem fantasmas, porque podem criar um problema que não existe".
O número
33 – Apesar de nunca se terem defrontado em fases finais de Copas do Mundo da FIFA, a história de duelos entre Espanha e Portugal é longa e antiga. A Cidade do Cabo vai receber o 33º jogo entre as duas selecções, com vantagem para os espanhóis que ganharam 15 partidas, contra apenas cinco triunfos dos portugueses e 12 empates. Porém, nos dois únicos jogos disputados em fases finais de Campeonatos da Europa, a vantagem é de Portugal que empatou (1 a 1) em 1984 e venceu, por 1 a 0, em 2004.
33 – Apesar de nunca se terem defrontado em fases finais de Copas do Mundo da FIFA, a história de duelos entre Espanha e Portugal é longa e antiga. A Cidade do Cabo vai receber o 33º jogo entre as duas selecções, com vantagem para os espanhóis que ganharam 15 partidas, contra apenas cinco triunfos dos portugueses e 12 empates. Porém, nos dois únicos jogos disputados em fases finais de Campeonatos da Europa, a vantagem é de Portugal que empatou (1 a 1) em 1984 e venceu, por 1 a 0, em 2004.
A Espanha está nos quartos de final da Copa do Mundo da FIFA depois de vencer Portugal, por 1 a 0, no derradeiro jogo dos oitavos, disputado no Estádio Green Point, na Cidade do Cabo. A selecção lusa sai da África do Sul com apenas um golo sofrido em quatro jogos. O suficiente para acabar com o sonho do título mundial, mesmo que o guarda-redes Eduardo tenha sido um verdadeiro gigante que tudo fez para transformar o Cabo das Tormentas na Boa Esperança lusitana.
Não lhe chamam La Furia por acaso. A Espanha entrou no Estádio Green Point com ganas de vergar, pela primeira vez, a defesa portuguesa e não esteve longe de o conseguir logo no início do encontro. Só tinham passado 61 segundos de jogo e já Fernando Torres disparava um míssil de fora da área que só um voo perfeito do guarda-redes Eduardo conseguiu travar.
A defesa lusa demorou a encaixar no forte ataque espanhol, mas sempre que foi preciso lá estava a derradeira barreira lusitana. Aos dois e aos sete minutos, a Cidade do Cabo assistiu aos primeiros capítulos de um duelo muito especial. David Villa, que quer ser um dos melhores marcadores do Mundial, fez tudo bem para chegar ao topo da lista de artilheiros, mas Eduardo mostrou o porquê de ser, até então, o único guarda-redes que ainda não tinha tido o desgosto de ir buscar a bola ao fundo das redes. Duas defesas soberbas que sossegaram o último reduto português e que serviram de trampolim para a resposta.
Vento a favor dos Navegadores
O primeiro aviso foi um remate de Tiago que Iker Casillas não conseguiu agarrar à primeira e o guardião espanhol passou por um susto ainda bem maior, aos 28 minutos. Cristiano Ronaldo tentou um daqueles seus livres de muito longe e a bola parecia destinada a abraçar as redes, mas o guarda-redes do Real Madrid não se deixou enganar e, com dificuldade, conseguiu encaixar a bola.
O primeiro aviso foi um remate de Tiago que Iker Casillas não conseguiu agarrar à primeira e o guardião espanhol passou por um susto ainda bem maior, aos 28 minutos. Cristiano Ronaldo tentou um daqueles seus livres de muito longe e a bola parecia destinada a abraçar as redes, mas o guarda-redes do Real Madrid não se deixou enganar e, com dificuldade, conseguiu encaixar a bola.
Portugal estava melhor, a crescer no jogo, e se o início da primeira parte foi “furioso”, no final dos primeiros 45 minutos foram os Navegadores que tiveram o vento a seu favor. Hugo Almeida, em excelente posição, não conseguiu acertar o cabeceamento (39 minutos) e o ponta-de-lança foi imitado por Tiago, pouco depois, quando o médio cabeceou ao lado depois de (mais) um grande cruzamento de Fábio Coentrão.
Só faltavam mesmo os golos a um grande espectáculo e a festa não esteve longe de se fazer no sexto minuto da segunda parte. Hugo Almeida conduziu o contra-ataque e tentou a assistência para Ronaldo, com o corte de Carles Puyol a não terminar no fundo da baliza espanhola por muito pouco.
Eduardo e Villa para sempre
Começava o jogo dos bancos: Queiroz lançava Danny para o lugar de Hugo Almeida, Fernando Llorente substituía Torres. E se o português logo deu calafrios à defesa adversária, mas em fora-de-jogo, o que dizer da perdida do avançado espanhol, que cabeceou para mais uma defesa de Eduardo na primeira vez que tocou na bola?
Começava o jogo dos bancos: Queiroz lançava Danny para o lugar de Hugo Almeida, Fernando Llorente substituía Torres. E se o português logo deu calafrios à defesa adversária, mas em fora-de-jogo, o que dizer da perdida do avançado espanhol, que cabeceou para mais uma defesa de Eduardo na primeira vez que tocou na bola?
Não parecia haver forma de ultrapassar o guarda-redes luso, mas a história do Mundial mudou aos 63 minutos. A simplicidade de Iniesta transformou-se em classe com o toque de calcanhar de Xavi, que lançou Villa para a história. O futuro jogador do Barcelona não ultrapassou Eduardo à primeira – mais uma defesa impossível – mas na recarga conseguiu o dois-em-um. Chegou ao quarto golo no Mundial, igualando o argentino Gonzalo Higuain e o eslovaco Robert Vittek, e levou Eduardo ao desespero pela primeira vez no torneio.
Mas ainda havia mais pela frente. À entrada dos últimos 20 minutos, Sérgio Ramos subiu pelo flanco direito, passou por Coentrão e sacou um remate de pé esquerdo que parecia não ter defesa possível, mas lá estava o Eduardo de sempre a fazer o que parecia impossível. E o que dizer da defesa do guardião português, aos 77 minutos? Foi Villa, claro, de longe a tentar o quinto golo na Copa, mas Eduardo queria manter o sonho português bem vivo e negou o segundo golo ao espanhol.
Villa decidiu mudar de papel aos 86 minutos, quando, com um cruzamento perfeito, ofereceu o golo a Llorente, mas o avançado de Athletic de Bilbao falhou por pouquíssimos centímetros o alvo. O tempo para a recuperação portuguesa foi passado até que se esgotou com um remate em desespero de Ronaldo. Portugal estava fora do Mundial, a Espanha fazia a festa dos quartos de final e soltava as lágrimas de Eduardo, desolado na relva do Green Point e da qual foi o último a sair, sob uma enorme salva de palmas de todo o público. Com todo o mérito.
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