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2014/12/10

Vitória Contrata um Vencedor ´´Ricardo Drubscky´´

Este é o cara Campeão Baiano 2015
O Esporte Clube Vitória acaba de confirmar a contratação de Ricardo Drubscky, ex-treinador do Goiás. Drubscky não aceitou a renovação de seu contrato e deixou o Esmeraldino. O novo treinador será apresentado segunda-feira na Toca do Leão.
 
O trenador deixou o Goiás na 12ª colocação do Campeonato Brasileiro. Drubscky assume a vaga antes ocupada por Ney Franco. 
 
Graduado em Educação Física pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) tem em seu currículo um acesso à Série A: em 2012 como Atlético Paranaense. 
 
O novo técnico rubro-negro iniciou  sua carreira como preparador físico nas equipes de base do Cruzeiro em 1986 e entre 1987 e 1988 atuou na equipe profissional do clube mineiro e no Club Deportivo Universidad Católica, do Equador. Também foi auxiliar técnico em alguns clubes de Portugal e treinador de juniores em clubes do Japão. 
 
Já atuou como gertente e coordenador do departamento de futebol do Cruzeiro, Atlético Paranaense, Ipatinga, América Mineiro e Atlético Mineiro.
 
Como técnico dos profissionais atuou no Esporte Clube Mamoré, América Mineiro, Democrata (MG), Vila Nova (MG), Ipatinga (MG), Atlético Mineiro, Araçatuba, Valeriodoce (MG), Botafogo (PB), Caxias (RS), Monte Azul (MG), Goiás, Paraná FC, Atlético PR, Tupi (MG), Criciúma, Joinville e Volta Redonda (RJ).
 
Foi campeão paraibano em 2002 pelo Botafogo e do Brasileiro da Série D em 2011 peloTupi. No começo da carreeira ganhou duas copas São Paulo de Futebol Junior: 1994 pelo Atlético PR e 1996 pelo América MG.
 
Como escritor, escreveu o livro “O Universo Tático do Futebol Brasileiro – Escola Brasileira”, que esta em sua segunda edição, e atualmente coordena e abrirá o curso de “Qualificação de Treinador de Futebol”, promovido pela CBF, que está em seu quinto módulo. 
 
Drubscky virá com o assistente técnico Gilberto Fonseca.

2014/12/07

Bahia está no lugar certo.

O Bahia perdeu para o Coritiba no Couto Pereira e foi rebaixado por conta do seu resultado - mesmo quando estava ganhando, o time estava caindo por conta do empate do Palmeiras em São Paulo. O tricolor baiano estava há quatro anos na primeira divisão, depois de passar sete anos fora da elite do futebol Brasileiro. 
O tricolor abriu o placar aos 15 minutos depois de jogada de Galhardo - ele avançou pela direita e mandou na boa para Henrique marcar. Dez minutos depois, Rômulo ampliou em bom lance do tricolor, fazendo 2 a 0. O Bahia conseguia o triunfo que precisava, mas esteve "salvo" apenas por alguns minutos, enquanto o Palmeiras perdia para o Atlético-PR. Aos 34, o Coritiba diminuiu com gol de cabeça de Zé Love. A verdade é que o ato final do rebaixamento deixou claro  graves erros do clube ao longo do ano. A começar pelo fato de o Bahia, neste domingo, ter jogado bem. 
Isso porque ele foi bem diferente do time visto entre maio e novembro. Até 15 do segundo tempo, com a partida  dominada pelo Tricolor, sua torcida se perguntava: "Por que não jogou assim antes?". Por que não manteve Charles como treinador quando ele assumiu  interinamente em agosto?". "Por que garotos como Bruno Paulista e Rômulo não foram titulares durante o ano?".
A verdade é que, fora de campo, o clube apostou em engravatados vindos do Sul-Sudeste do país, como William Machado, Ocimar Bolicenho e Rodrigo Pastana, que tinham um discurso esteticamente bonito, mas que não comprovaram conhecer coisa alguma de futebol.
Dentro de campo, isso se refletiu. Crias do próprio Bahia, que poderiam ter feito a equipe produzisse um futebol digno, foram preteridas por quem vinha de fora.  Garotos talentosos como Bruno e Rômulo mal tinham oportunidades enquanto medalhões como Léo Gago, Marcos Aurélio, Branquinho e Maxi Biancucchi afundavam o Esquadrão. Enquanto isso,  o ídolo Charles se tornava apenas auxiliar do fraco Gilson Kleina.
Há cinco rodadas, após a goleada de 3 a 0 para o Goiás, a diretoria resolveu acordar. Porém, era tarde demais.
Neste domingo, o time fechou 2014  com Rômulo  exibindo um futebol majestoso e, após bela  tabela,  fazendo um gol de categoria. Era, aos 26 minutos, o segundo do Bahia. O primeiro, aos 13, foi marcado por Henrique. Ainda no primeiro tempo, Zé Eduardo, de cabeça, diminuiu.
Mesmo assim, no segundo tempo, o Bahia, bem postado, seguia dominando o jogo.  Ma aí pesaram os erros do ano inteiro. Na reta final do jogo, os  atletas  sentiram muito a pressão. A esperança diminuiu e angústia  passou a dominar o psicológico.
Aos 40, Dudu chutou, a bola desviou em Feijão e entrou. Aos 47, veio a notícia: o jogo do Palmeiras terminou e o Bahia estava oficialmente rebaixado. Os  tricolores, abatidos, pararam de jogar, caindo em desespero. Aos 49, Keirrison avançou sozinho e, de cara com Lomba, fez 3 a 2. O calvário estava completo.
No segundo tempo, o Bahia teve a chance de definir o jogo com mais tranquilidade, em lance que William Barbio saiu na cara do goleiro, mas chutou mal. Acabou levando o empate aos 40 minutos. Dudu aproveitou o rebote dentro da área e chutou - a bola desviou em Feijão e enganou Marcelo Lomba. Logo depois, o meia Alex, do Coritiba, foi substituído. Com lágrimas nos olhos, ele se despediu da torcida e do futebol, se aposentando. Já nos acréscimos, o Bahia tomou mais um gol e acabou perdendo.
O Bahia somou 37 pontos. Ao todo, foram 9 vitórias, 10 empates e 19 derrotas. A equipe marcou 30 gols e sofreu 42, ficando com saldo negativo de 11 gols. Durante a temporada, o time baiano foi comandado por Marquinhos Santos, Gilson Kleina e Charles Fabian.
 Coritiba 3 x 2 Bahia


 Estádio Couto Pereira - Curitiba
Coritiba: Vanderlei, Norberto, Leandro Almeida, Luccas Claro, Carlinhos, Germano (Julio Cesar), Robinho, Dudu, Alex, Zé Love (Sérgio Manoel) e Joel. Técnico: Marquinhos Santos]
  
Bahia: Marcelo Lomba, Roniery, Lucas Fonseca, Titi, Guilherme, Rafael Mirando, Bruno Paulista (Feijão), Rômulo, Galhardo, Barbio e Henrique (Jeam). Técnico: Charles Fabian

Fracasso Total em 2014

Um ano de fracasso não poderia terminar de forma mais melancólica: o rebaixamento. Pior. Uma queda que  só dependia do próprio Vitória. Não teve mala branca, tampouco facilitação para o Palmeiras. O Atlético Paranaense empatou com o time paulista e bastava um gol, uma única atitude competente durante todo o ano para continuar na elite. Porém,  o futebol também costuma ser justo. O Vitória perdeu seu jogo por 1 a 0 para um Santos sem vontade. Porém, não menos que os  Rubro-Negros.
Acabou o ano, torcedor. Será muita maldade 2015 conseguir ser pior que este ano. O Vitória perdeu tudo que podia perder, da divisão de base ao profissional. Até o Remo, campeão nos últimos 12 anos, afundou com o planejamento fracassado da diretoria.
É até perda de tempo falar de como foi o jogo. Seria mais uma porrada no torcedor do Vitória ler hoje a tortura de ontem. O duelo pode ser resumido numa anedota de um adulto brincando de futebol com uma criança, fazendo de tudo para o garoto fingir ser bom, sem ser. O Santos facilitou. Brincou com o desespero do Vitória. Não queria absolutamente nada. Dava a bola de bandeja para os rubro-negros, que nada faziam com ela.
Nem o chute na trave do Peixe acordou o time baiano. Chegava a ser ilário o Vitória tentando atacar. No primeiro tempo, dois chutes de longa distancia resumiram um time que precisava do triunfo desesperadamente.
Na torcida,  um grito de gol foi ouvido, mas apenas daqueles que tinham um radinho ligado: gol do Atlético Paranaense. Alegria da torcida, que cantava como se o Furacão fosse o Vitória. Não era. Para completar, o rival Bahia faria um gol e estava fora da zona de rebaixamento. Desespero. Filme de terror na arquibancada.
"Se tiver que morrer, o Bahia tem que ir junto. Bora, Palmeiras!", comentou o torcedor William Ferraz. O pedido foi atendido. O Verdão empatou de pênalti. William nem quis saber se foi de pênalti duvidoso. "Agora a Sardinha se lasca. Só depende de nós", completou o torcedor. O problema era justamente o Vitória depender de si mesmo para permanecer.

No segundo tempo o Santos estava ainda mais fácil. Gatito  mal pegava na bola. Porém, era desesperador ver o Vitória jogar como um time de várzea. Sem jogadas trabalhadas, era um desespero. Richarlyson abandonou o posto de lateral-esquerdo e jogava no meio-campo. Edno, com a camisa 9 de centroavante, mal entrava na área. Neto Coruja e José Wellison já não sabiam onde ficar posicionado.A incompetência foi tanta que o próprio Santos cansou e resolveu entrar em campo aos 49 do segundo tempo. Um tiro de misericórdia de  Thiago Ribeiro finalizou um ano fadado ao fracasso. Que o próximo ano o torcedor apanhe menos da incompetência alheia.

Vitória 0 x 1 Santos - 38ª rodada do Campeonato Brasileiro

Local: Estádio Barradão, em Salvador
Quando: domingo, 7, às 16h (horário da Bahia)
Gol: Thiago Ribeiro, aos 49’ do 2º T; Público: 8.326 pagantes
Árbitro: Anderson Daronco (RS);
Assistentes: Fábio Pereira (TO) e Rafael da Silva Alves (RS)
Cartões amarelos: Alison, Cicinho e Aranha (S)
Renda: R$ 57.520,00
Vitória - Júnior Fernandéz, Ayrton, Kadu e Ednei; Neto Coruja, José Welison, Cáceres (Willie), Richarlyson e Marcinho (Juan); Vinícius (Guillermo Beltrán) e Edno.  Técnico:  Ney Franco.
Santos - Aranha, Daniel Guedes (Serginho), Neto, David Braz e Caju; Alison, Renato (Alan Santos) e Lucas Lima; Thiago Ribeiro, Gabriel (Cicinho) e Leandro Damião.  Técnico:  Enderson Moreira.