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2014/10/09

A um ponto da zona Maldita

Vindo de uma apresentação convincente no empate contra o Flu e com campanha de G-4 no segundo turno, o Bahia certamente repetiria seu time para o jogo desta quitna-feira, 9, contra o Santos. Era o que se esperava, mas o técnico Gilson Kleina resolveu mudar. Com as entradas de Fahel e Léo Gago nos lugares de Uelliton e Diego Macedo, o Tricolor caiu muito de rendimento e viu sua série de embates sem derrota ruir diante do Santos: 1 a 0 na Vila Belmiro.
O resultado fez o Esquadrão, que ainda perdeu chances claras de marcar, cair para 16º no Brasileirão, a um ponto da zona de rebaixamento. No domingo, a equipe encara, na Arena Fonte Nova, a Chapecoense, que a ultrapassou nesta quinta ao golear o Inter, em casa: 5 a 0.
Surpreendente, a escalação promovida por Kleina trouxe problemas ao Bahia logo no início do jogo. Com um minuto de bola rolando, Geuvânio e Leandro Damião já haviam perdido chances. Recuados, os volantes Fahel e Léo Gago excluíam a possibilidade de a equipe fazer uma marcação mais alta e prejudicavam a saída de bola. Assim, ficou fácil para Leandro Damião marcar de cabeça, após cruzamento de Patito, aos 10 minutos. A bola ainda bateu no atrapalhado zagueiro Demerson antes de entrar.
E o jogo se arrastou até o fim de forma inusitada. Mesmo atuando muito mal e correndo risco de levar mais gols, o Bahia assustou em várias oportunidades o desorganizado Santos.Aos 28 do primeiro tempo, Rafael Miranda mandou para fora com o goleiro adversário caído no chão. Na etapa complementar, a equipe veria cair em seu colo outras duas chances de ouro de empatar a partida. Antes delas, aos 17 minutos, o meia Marcos Aurélio - que substituiu Léo Gago no intervalo - bateu falta de muito longe e contou com desvio para acertar a trave.
Nos minutos finais, veio a desesperada pressão tricolor em dois lances de bola parada. Aos 46, Emanuel Biancucchi cobrou escanteio fechado, com muito veneno, e a bola sobrou para Demerson, que errou. Logo depois, em outro escanteio, Kieza desperdiçou de cabeça bom cruzamento de Marcos Aurélio.
Na entrevista coletiva após o apito final, Kleina falou sobre a situação do elenco, com dois meses de atraso nos salários: "Quando vencemos Sport e Flamengo, já havia o atraso. Ou seja, não é desculpa".

Santos 1 x 0 Bahia - 27ª rodada do Campeonato Brasileiro

Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos-SP
Quando: quinta-feira, 9, às 19h30
Gol: Leandro Damião, aos  do 1º T, para o Santos
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima
Assistentes: Rafael da Silva Alves e Lúcio Beiersdorf Flor (trio gaúcho)
Cartões amarelos: David Brz (S) e Kieza (B)
Renda: R$ 142.420,00
Público: 6.184 pagantes
Santos - Vladimir, Cicinho, Edu Dracena, David Braz e Caju; Arouca, Souza e Lucas Lima; Geuvânio (Rildo), Leandro Damião (Leandrinho) e Patito Rodriguez (Gabriel). Técnico: Enderson Moreira.
Bahia - Marcelo Lomba, Railan, Lucas Fonseca, Demerson e Pará; Fahel ,9 diego Macedo), Rafael Miranda, Léo Gago (Marcos Aurélio) e Emanuel Biancucchi; Kieza e William Barbio (Maxi Biancucchi). Técnico: Gilson Kleina.

Edno 2x2 Fernández

Uma bela atuação de Edno, que marcou dois gols em seu primeiro jogo como titular. A saída, mesmo que momentânea, da zona do rebaixamento. Os 100% de aproveitamento em casa no returno. Tudo isso foi embora na quarta-feira, 8, em dois minutos de pane total no Vitória, no empate em 2 a 2 com o Goiás pela 27ª rodada do Brasileirão.
O Leão, em partida quase impecável na etapa inicial, abriu 2 a 0 e deu a entender que caminharia tranquilamente para sua quinta vitória consecutiva como mandante. Na final, no entanto, dois cochilos em sequência mataram a euforia que reinava no Barradão.
Aos 27 minutos, a zaga do Vitória, inexplicavelmente, abriu um espaço enorme. Ramon aproveitou e lançou. Diante de Richarlyson, que saiu da lateral esquerda para tentar cobrir o meio, Erik recebeu e bateu na saída de Fernandez. Aos 29, veio cruzamento da esquerda. Novamente, o miolo da defesa deu bobeira. Desta vez, foi o lateral-direito Nino que correu para o meio a fim de tentar evitar o gol. Porém, sem altura e cacoete de zagueiro, não foi páreo diante de Bruno Mineiro, que cabeceou para a meta.
Até então, o Vitória vinha fazendo uma boa partida, em especial graças à sua dupla de ataque. Aproveitando-se da ausência do titular e lesionado Dinei, o oportunista Edno mal precisou esperar o jogo começar para apresentar suas qualidades.
Quem ficou feliz foi Vinícius, que, diante da má fase de Dinei, achou um parceiro para finalizar suas jogadas. Logo aos três minutos, ele fez boa jogada pela ponta esquerda e cruzou à meia altura para Edno escorar. Aos 11, a dupla quase emplaca o segundo. Em rápido contra-ataque, Vinícius lançou. Edno arrancou para o gol. Seu chute, porém, foi para fora. Enquanto isso, o Goiás pouco criava. O esquema com três volantes do Vitória vinha funcionando a contento. Não fosse uma falha de Juan, que deixou Thiago Mendes livre, o Leão não teria passado qualquer sufoco. A finalização do goiano, contudo, foi torta e para fora.
  Do outro lado, Vinícius e Edno mostravam como proceder. Aos 41, o primeiro fez outra boa jogada e rolou para trás. O segundo, de novo, estufou as redes.
Na etapa final, o Vitória só não alcançou o terceiro tento porque Vinícius fracassou ao tentar virar goleador. Ele recebeu lançamento de Juan, mas excedeu-se ao encobrir o goleiro e mandou por cima da trave.
Mesmo assim, o jogo parecia sob controle. Tanto que a meta de 'Gatito' Fernandez não vinha sendo ameaçada. O único sinal que o jogo iria desandar começou quando o Vitória, nos pormenores do confronto, passou a se mostrar relaxado.
Foi aí que veio o desastre. Os dois gols goianos foram o castigo cruel pelo relaxamento. Dali por diante, o que se viu foi um Vitória, no desespero de desempatar a partida, com excesso de correria em campo. Tudo em vão.

Vitória 2 x 2 Goiás - 27ª rodada do Campeonato Brasileiro

Local: Estádio Barradão, em Salvador;
Gols: Edno, aos 2’ e aos 41’ do 1º T (V);  Erick, aos 27’, e Bruno Mineiro, aos 29’ do 2º T (G);
Público: 8.422 pagantes;
Renda: R$ 72.075,00;
Árbitro: Péricles Bassols;
Assistentes: Rodrigo Pereira Joia e Gilberto Stina Pereira (trio do Rio de Janeiro);
Cartões amarelos: Edno (V); Tiago Real (G).

Vitória 
Júnior Fernández, Nino Paraíba (William Henrique), Kadu, Roger Carvalho e Juan (Escudero); Luiz Gustavo, Richarlyson, Cáceres (Adriano) e Marcinho; Vinícius e Edno.
Técnico:  Ney Franco. 

Goiás  
Renan, Tiago Real, Jackson, Pedro Henrique e Léo Veloso (Lima); Amaral, Thiago Mendes, David (Bruno Mineiro) e Esquerdinha (Ramon); Erik e Samuel. 
Técnico:  Ricardo Drubscky.