Rogério Lourenço foi demitido oficialmente pelo Bahia na manhã desta segunda-feira, 7, através de uma nota publicada no site oficial do clube.
Na nota da assessoria do clube, o técnico faz uma declaração sobre sua saída: “Agradeço a toda diretoria do Bahia, ao Presidente Marcelo Guimarães Filho e também ao seu pai, ao Professor Paulo Angioni e aos funcionários do clube, que confiaram e apoiaram nosso trabalho. Agradeço também aos profissionais de imprensa que cobriam o dia a dia dos treinamentos no Fazendão e puderam perceber que nosso trabalho sempre foi feito com empenho, dedicação e profissionalismo. Infelizmente, os resultados não vieram e todo torcedor do Bahia, que sempre me passava incentivo nas ruas, pode ter certeza que estarei torcendo pelo sucesso deste clube e também deste grupo de atletas que está se formando”.
Com sua saída, Chiquinho de Assis assume provisoriamente o comando do Bahia, enquanto o nome do novo técnico não é anunciado.
Rogério Lourenço foi contratado pelo Bahia para comandar o clube na temporada 2011, com a meta de levar o time ao título do Campeonato Baiano, após o retorno do Esquadrão para a primeira divisão do futebol brasileiro.
Mas o treinador não resistiu a um péssimo início de campanha do Baianão. Em cinco jogos, foram três derrotas (a última, para o rival Vitória), um empate e apenas uma vitória, deixando o Bahia na incômoda quinta posição no Grupo 1, com quatro pontos, três atrás do quarto colocado.
O ex-técnico do Bahia Rogério Lourenço, demitido após a derrota no Ba-Vi do último domingo por 3 a 0, emitiu nota, através da sua assessoria de imprensa, na qual culpa a falta de condicionamento físico, decorrente da grande reformulação no elenco, como os motivos de sua saída do Esquadrão.
“É inegável que o meu trabalho foi muito atrapalhado pelo fato da equipe não estar com seu físico ideal. Reformulamos completamente o grupo que disputou a Série B do Campeonato Brasileiro. Foram mais de 15 jogadores contratados. Era preciso ter um pouco mais de tempo para condicioná-los e entrosá-los. Mas infelizmente o futebol sofre com o imediatismo. Os números provam que esse fator foi determinante. Levamos nove dos dez gols que sofremos na competição no segundo tempo. O time se comportava bem até o final do primeiro tempo, mas vinha a segunda etapa, o cansaço batia, e acabávamos tendo uma queda brusca de rendimento. Nenhum time consegue atingir seu melhor nível técnico e tático sem estar bem condicionado. Alguns jogadores chegaram até a pedir para treinar à parte. Estávamos conversando para achar soluções nesse sentido, mas não tivemos tempo para isso”.
Lourenço também citou no comunicado o incidente envolvendo o atacante Jael, que acabou sendo dispensado do Bahia após dar um soco no diretor de futebol , que acabou se desligando do clube. O ex-técnico ainda comentou sobre a dificuldade de não contar com uma meia de ligação, pois Ramon não foi regularizado, Zezinho está machucado e Magno chegou ao Bahia lesionado.
“O caso envolvendo Jael desestabilizou toda equipe. O time é formado em grande parte por jovens, entre eles os que fazem parte do time vice-campeão da Copa São Paulo. Não havia como isso deixar de influenciar negativamente o lado psicológico desses atletas. Infelizmente não pude continuar o trabalho, mas gostaria de deixar claro que não guardo qualquer tipo de mágoa. Agradeço à direção do Bahia pela oportunidade e desejo sorte ao clube. Acredito que o time conseguirá melhorar sua classificação no futuro. É uma questão de tempo de trabalho, que faltou para nós, para que isso aconteça”.