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2010/07/23

LEÃO NA JAULA

O técnico Emerson Leão jogou uma partida no Barradão e duas na 10ª Delegacia, em Pau da Lima. As três horas que passou no local, das 22h10 de quarta até 1h10 de ontem, equivalem ao dobro do tempo de um jogo de futebol que terminou 2x2 no campo e com um resultado lamentável fora dele: o radialista Roque Santos, da Metrópole FM, teve quatro dentes danificados. O atacante Rafael Moura, autor do murro no radialista, vai responder a processo por lesão corporal, assim como Leão e os jogadores Romerito e Marcão – os dois últimos, sem imagens que comprovem.
Se condenados, cada um dos quatro pode ser punido com até dois anos de prisão. Mas, por ser crime de menor potencial ofensivo, eventual punição será transformada em pena alternativa (de acordo com a Lei de Execuções Penais), afirma o delegado Pedro Andrade. Romerito é réu também por suposto desacato a um policial. Ainda no campo, o meia falou palavrões ao policial que chegava com o cão. E Roque Santos, agredido inicialmente por Leão e depois por Rafael Moura, ficará alguns dias sem trabalhar. “Fui ao dentista hoje (ontem). 
Colocou uma proteção e ainda vai decidir se vai fazer um tratamentode canal ou se vai precisar colocar uma prótese. 
Esses dias eu vou ficar descansando. Quatro dentes foram afetados, mas não quebrou mesmo não”, conta Roque.



Emerson Leão vai responder a processo por lesão corporal leve




SÚMULA
Além da esfera criminal, os jogadores e treinador devem ser punidos na esfera esportiva, pois o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) já solicitou as imagens das emissoras de TV. Pivô da briga, o técnico Leão pode ser suspenso por até 180 dias; os três jogadores correm risco de ficar 12 jogos sem atuar, cada um. Com as imagens, o STJD pode punir os envolvidos independentemente do que o árbitro Péricles Bassols relatou na súmula. O juiz aliviou. Entre as 21 linhas manuscritas, o seguinte trecho. “Houve um desentendimento entre um repórter e o técnico citado, pois o primeiro, ao entrevistá-lo acertou o microfone no rosto do técnico e este revidou com um soco”. 
Mas, tudo começou porque Leão botou a mão no rosto de Roque Santos. E não houve soco. Leão não atendeu ao celular, ontem, às 15h e 20h. Em nota no site do clube, a diretoria do Goiás lamenta o ocorrido e diz que seus integrantes apenas reagiram a agressões.

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