Os principais líderes da oposição ao governador Jaques Wagner (PT) marcaram presença na convenção do PMDB baiano, realizada neste domingo no Hotel Bahia Othon Palace e que serviu como palanque para a pré-candidatura do ministro Geddel Vieira Lima ao governo do Estado, antecipando a tendência de que estejam todos juntos em um eventual segundo turno contra o governador , que vai tentar a reeleição.
Nos discursos, as críticas ao governo foram uma constante, embora ninguém tenha citado a Operação Expresso da Polícia Civil, que acusa de corrupção peemedebistas que, até maio, integraram o segundo escalão do Estado. Durante a operação, Geddel acusou Wagner de usar a estrutura da Secretaria da Segurança Pública para lhe perseguir por razões políticas.
Entre os presentes, estavam Antônio Imbassahy e César Borges, presidentes estaduais, respectivamente, do PSDB e do PR, além de Paulo Souto, pré-candidato do DEM ao governo.
“Começo manifestando minha gratidão ao ex-governador Paulo Souto e ao ex-prefeito Antônio Imbassahy. Ainda que estejam à frente de um projeto diferente do nosso, tiveram a grandeza de aceitar nosso convite para mostrar que é possível trilhar caminhos diferentes mas com respeito mútuo”, afagou Geddel.
Apesar dos afagos, Borges saiu sem se comprometer a formar o palanque do ministro. Apenas reforçou que sua tendência é compor com o PMDB ou com o DEM. Semana passada, Borges se reuniu com Wagner, que, segundo petistas, tenta trazê-lo a seu palanque para isolar o PMDB.
Já Paulo Souto e Imbassahy, reconhecendo que fazem parte de um terceiro palanque, ressaltaram que a presença deles deixa abertas as possibilidades de futuras conversas entre os partidos.
Presente ao evento, o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, cotado para ser vice na chapa de Dilma Rousseff (PT), disse ver com bons olhos a proximidade do PMDB baiano com forças oposicionistas representadas pelo DEM e PSDB. “O Diretório Nacional já deu o apoio para esta aliança”, disse.
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