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2010/07/11

O POLVO É A VOZ DO POVO

ESPEspanha 1 NED Holanda 0
Spanish players celebrate with the trophy following the 2010 FIFA World Cup final.Aquilo que se vem ensaiando dizer há pelo menos dois anos – desde o brilhante título da UEFA Euro 2008 - agora pode ser proferido sem qualquer resquício de dúvida ou concessões: a Espanha é o melhor time de futebol do mundo. É mais: é de fato a campeã do mundo, o oitavo país na história a conquistar a Copa do Mundo da FIFA.






Espanha campeã. Que venha 2014
A final da África do Sul 2010 fez com que o lotado Soccer City de Johanesburgo prendesse a respiração não uma ou duas, mas incontáveis vezes. Noventa minutos não foram o suficiente para decidir qual dos dois, Holanda ou Espanha, se tornaria o mais novo campeão do mundo. Na verdade, faltou pouco para que 120 minutos também não o fossem. Apenas um gol de Andrés Iniesta a quatro minutos do tempo extra confirmou a superioridade que os espanhóis mostraram ao longo de quase todo o jogo e coroou definitivamente uma geração que pulverizou um tal “estigma das quartas de final” que caracterizava o pais até há pouco.
Espanha

Quem continua, sim, com um estigma desconfortável é a Holanda, que apos 14 vitórias consecutivas entre eliminatórias e Copa do Mundo da FIFA, caiu mais uma vez na partida decisiva, pela terceira vez em sua história, depois das derrotas para Alemanha em 1974 e Argentina em 1978.

O primeiro Mundial em solo africano teve um campeão inédito. O mundo do futebol tem, indiscutível, sua melhor equipe. E, para sempre, um novo integrante para sua elite. Que a Espanha seja bem vinda à galeria!
Pressão que vai e vem
A princípio, era como se a Espanha saísse diretamente do apito final de sua partida diante da Alemanha para o Soccer City. O mesmo domínio que a Fúria exerceu na semifinal apareceu claro e intenso nos primeiros minutos de jogo: logo aos cinco minutos, Sergio Ramos acertou uma cabeçada linda que obrigou Maarten Stekelenburg a uma boa defesa. Em seguida, o mesmo lateral direito invadiu a área e obrigou John Heitinga a afastar na boca do gol. Mais um minuto e era David Villa acertando um voleio na rede pelo lado de fora. Pressão, jogo de uma só equipe, questão de tempo para o gol sair?

Não exatamente. Porque, afinal, o que estava em jogo não era qualquer coisa, mas um titulo mundial. Aliás, não só isso, mas essencialmente o lugar dos dois países na história do futebol. E, com um prêmio desses, é compreensível que quem acabe tomando conta do ambiente seja o nervosismo. Foram 20 faltas ao longo de todo o primeiro tempo, com cinco cartões amarelos. Entre as divididas e disputas acirradas, sobrou uma breve reação holandesa nos últimos minutos, quando a equipe chegou a ameaçar o gol de Iker Casillas, num chute rasteiro de Arjen Robben, já nos descontos da primeira parte.

Veio o segundo tempo e, com ele, uma média aritmética daquilo que aconteceu no primeiro: se, por um lado, o clima seguia tenso – com mais oito cartões amarelos no total, além de um vermelho, chegando ao recorde de dez numa final de Copa do Mundo, superando os seis de 1986 -, por outro também a Espanha dominava a posse de bola e aparentava estar mais perto de marcar. A principal diferença é que o contragolpe da Holanda, o motor da grande campanha recente do país, começou a funcionar.

O exemplo mais claro foi a ocasião em que Robben aproveitou um tremendo buraco na defesa aos 16 minutos, recebeu passe de Wesley Sneijder e apareceu frente a frente com Casillas. O goleiro do Real Madrid esperou até o último minuto para sair e impediu o gol com as pernas. Embora quem tenha passado a criar mais e mais chances tenha sido a Espanha, o recado estava dado.

Na camisa de Iniesta, uma mensagem ao falecido jogador: "Dani Jarque, sempre conosco"
Nervos e a cartada final

Mesmo as alterações que Bert van Marwijk e Vicente del Bosque fizeram ao longo do segundo tempo tinham menos o risco de tentar mudar demais o jogo do que apenas a reposição de peças por outras similares, mas mais descansadas. Foi assim para a Holanda, com Eljero Elia no lugar de Dirk Kuyt, e também com os espanhóis, que trocaram Pedro por Jesús Navas e Xabi Alonso por Cesc Fàbregas. Até o fim dos 90 minutos, a história foi a mesma, com a Espanha se aproximando perigosamente, como nas chances claras de David Villa aos 24 – salva por Heitinga na frente do gol – e uma cabeçada de Sergio Ramos, livre na pequena área.

Noite de glória para Iniesta

Andres Iniesta of Spain celebrates scoring
Parecia que a partida não era para ele. Não conseguia encontrar espaços. Falhou em um passe que poderia ser decisivo. E demorou demais a chutar em um lance no qual ficou sozinho diante do goleiro holandês, Maarten Stekelenburg. Andrés Iniesta sabe, porém, o momento certo de aparecer.
Foi assim na semifinal da Liga dos Campeões da UEFA de 2009 contra o Chelsea, quando fez o gol que assegurou a vaga do Barcelona na final em Roma. Também foi assim contra o Chile na fase de grupos, quando fez o segundo gol da Furia e decidiu a partida com o placar de 2 a 1. Contra Portugal, Iniesta iniciou a jogada que culminou no gol da vitória de David Villa nas oitavas de final. Na grande final, esperou até os 11 minutos do segundo tempo da prorrogação para levar a Espanha ao êxtase.
"Ainda me custa acreditar que consegui fazer o gol da vitória", disse emocionado ao FIFA.com o grande destaque da noite. "A falha diante do goleiro já não importa mais. A única coisa importante é que vencemos o Mundial."
Quando marcou o gol histórico, Iniesta tirou a camisa para fazer uma homenagem muito especial. "Eu dedico o gol a Dani Jarque, sim", disse Iniesta com um gesto de tristeza ao lembrar do zagueiro do Espanyol que sofreu um infarto fulminante no ano passado, aos 26 anos. "Nesses momentos surgem muitas lembranças, muita emoção…"
"A Espanha merecia. Este título mundial é para ser lembrado, desfrutado e nos fazer sentir orgulho", continuou. "Estou feliz, muito feliz, esses gols decisivos aparecem para mim", dizia o jogador, interrompido pelos abraços dos companheiros.
Ainda assim, tendo marcado o gol da vitória, Iniesta procurava o canto do vestiário, longe do centro das atenções, como costuma se sentir mais à vontade. "O trabalho do grupo foi excelente", repetia o jogador, evitando o papel de destaque que os companheiros insistiam em atribuir a ele. Gerard Piqué, Carles Puyol e Cesc Fábregas foram atrás dele até a sala de imprensa para cantar "Andrés, nós te amamos, somos campeões do mundo" — frase que resume todas as emoções de uma noite memorável.

Noventa minutos não foram o bastante para destilar tanto nervosismo. Pela sexta vez na história, a final da Copa do Mundo da FIFA precisava da prorrogação. E, então, era como se a partida começasse outra vez. A partida em que a Espanha resolvia controlar o jogo e decidi-lo à sua maneira. Que foi o que quase aconteceu com Andrés Iniesta, livre na cara do gol aos cinco minutos. O meia avançou, demorou a chutar e foi desarmado. Em seguida, Jesús Navas assustou a massa holandesa que ocupou boa parte do Soccer City, com um chute desviado que bateu na rede pelo lado de fora.
















Espanha

2010/07/10

NA MÃO CERTA


NÃO ACREDITO NO POLVO ´´HOLANDA VAI VENCER´´










AFP
Há cerca de sete semanas, Mark van Bommel e Arjen Robben foram derrotados na final da Liga dos Campeões da UEFA. Agora, os atletas do Bayern de Munique terão a chance de deixarem para trás a dolorosa lembrança da partida contra a Internazionale de Milão. Para se sagrarem campeões da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010, basta uma vitória contra a Espanha no próximo domingo às 20h30 (15h30 em Brasília, 19h30 em Lisboa) no Estádio Soccer City, em Johanesburgo."O nosso objetivo era voltar a disputar uma final da Copa do Mundo após 32 anos", declarou Robben em entrevista ao FIFA.com. "Todos trabalhamos muito para isso. Sabíamos que tínhamos qualidade suficiente. O mais importante é que todos acreditamos. Estávamos muito confiantes de que conseguiríamos. Agora, obviamente, faremos de tudo para vencer a próxima partida."
Um sentimento extraordinário
Pela terceira vez, a Holanda está na final do Mundial. Os holandeses foram derrotados nas duas decisões anteriores. Os seus algozes foram a Alemanha (1 x 2) em 1974 e a Argentina (1 x 3) em 1978. Será que agora chegou finalmente a hora de levantar a taça? "Temos um objetivo claro que estabelecemos há dois anos", afirmou Van Bommel. "Todos sabem por que estão aqui. Não viajamos para a África do Sul à toa."
O volante holandês qualificou a sensação de disputar a final da Copa do Mundo da FIFA 2010 como "extraordinária" e "indescritível". "Quando a Holanda chegou à final pela última vez, eu tinha apenas um ano de idade", comentou. "Temos uma boa equipe. Ganhamos tudo nas eliminatórias e, até agora, também vencemos todas as partidas do torneio. Estou orgulhoso de fazer parte deste grupo."
A última chance
Juntamente com o seu colega Robben, Van Bommel conquistou a Bundesliga e a Copa da Alemanha pelo Bayern na última temporada. Mas a equipe perdeu a final da Liga dos Campeões por 2 a 0 para a Inter e precisou dar adeus ao sonho da tríplice coroa. No entanto, seria ainda mais importante para o holandês levar o troféu da Copa do Mundo da FIFA para o seu país. "Esta é a minha última Copa do Mundo, a minha última chance. Não quero deixar escapar uma oportunidade dessas."
Dois aspectos que chamam a atenção são a eficiência e a serenidade que a Laranja Mecânica vem apresentando ao longo do torneio, características que foram vitais para que o país saísse vitorioso de campo em todas as partidas até o momento. Van Bommel tem uma explicação simples para isso. "Isso ocorre porque todos jogamos em grandes clubes da Europa", disse. "Estamos acostumados a colocar o sucesso em primeiro lugar e o futebol bonito em segundo. Temos a típica mentalidade de quem quer ganhar tudo. Sabemos que podemos jogar melhor, mas aqui na Copa o importante é vencer, e estamos conseguindo isso."
Três decisões até a final
Robben enxerga a questão de forma semelhante. "Se você quer ganhar uma Copa do Mundo, o mais importante não é jogar sempre bonito", comentou o atacante de 26 anos ao FIFA.com. "O que importa são os resultados. Todos sabem que o torneio só começa de verdade depois da fase de grupos. Na fase de mata-mata, é preciso vencer três finais para chegar à final de verdade. Se ganharmos, será algo absolutamente fantástico."
Mas o que fazer para ganhar uma final? Van Bommel e Robben poderiam perguntar isso a Wesley Sneijder, já que ele sim se sagrou campeão da última edição da Liga dos Campeões da UEFA e garantiu a tríplice coroa para a Inter. "Procuro trazer um pouco da minha experiência da última temporada à seleção", disse Sneijder em conversa com a FIFA. Talvez no domingo os três possam sair vitoriosos de campo.Van Persie: "Espanha é favorita"

Faltando apenas um dia para o duelo final da Copa do Mundo da FIFA 2010 entre Holanda e Espanha no Estádio Soccer City em Johanesburgo, o craque do Arsenal Robin van Persie falou com exclusividade ao FIFA.com sobre os seus medos, esperanças e sonhos. "A Espanha é levemente favorita", admitiu com muita franqueza. O atacante falou também sobre qual seria o significado para ele de fazer parte da primeira seleção holandesa a levar o troféu para casa.
FIFA: O que o técnico Bert van Marwijk disse a você sobre jogar a final?
Robin van Persie: 
Ele disse muitas coisas. Falou que o mais importante é que chegamos até aqui, o que já é muito bom, mas que podemos conseguir ainda mais. Temos de entrar em campo mais uma vez. Precisamos dar o máximo de nós mais uma vez e, com sorte, algo muito bonito poderá acontecer que deixará muitas pessoas contentes.
A Holanda já disputou duas finais no passado, em 1974 e 1978. Você deve estar torcendo para que o seu país tenha mais sorte desta vez...
Realmente espero que sim. Já deu para ter uma ideia do que o título significaria para a Holanda. Todos estão tão felizes e, agora, poderão ficar ainda mais. É isso que precisamos garantir agora. Esta é a terceira vez na história que chegamos à final, então já é uma façanha e tanto estarmos aqui. Mas algumas vezes, quando você perde por pouco, as pessoas ficam desapontadas mesmo que a seleção tenha feito um grande torneio. Espero que possamos evitar isso.
A Espanha foi claramente o melhor selecionado em campo na semifinal contra a Alemanha. Isso é algo que o preocupa?
A Espanha se preocupa acima de tudo em manter a posse de bola. Acredito que é preciso pressionar os espanhóis. Se você não faz isso, eles dominam a partida e você coloca o seu destino nas mãos deles. Não podemos deixar que isso aconteça.
Muitas pessoas consideram a Espanha a favorita para a final. O que você acha do selecionado do técnico Vicente del Bosque?
É uma equipe fantástica, com zagueiros muito bons e meio-campistas espetaculares. A Espanha também tem bons atacantes e um toque de bola brilhante. Acredito que os espanhóis são os favoritos na final, mas isso não é tudo. Na verdade, isso não diz nada. Provavelmente será uma bela final, porque também gostamos de jogar um futebol com boas combinações. Acredito que vamos dar espaço uns aos outros para jogar futebol.
Então, os holandeses são os azarões?
Sim. Acredito que a Espanha é levemente favorita para o jogo, porque venceu a Euro há dois anos tem um grupo muito bom. Mas o nosso grupo também é bom.
Você está sentindo aumentar a pressão conforme a final se aproxima?
Na verdade, não. Não temos ideia do que está acontecendo na Holanda ou no resto do mundo em relação à pressão ou atenção da imprensa e isso deve continuar assim.
O meio-campista da Espanha Cesc Fàbregas é companheiro seu no Arsenal. Você tem tido algum contato com ele? Vai ser um pouco estranho enfrentá-lo?
Sempre é um pouco estranho jogar contra os seus colegas. Entramos em contato algumas vezes por mensagens de texto. O Cesc é um jogador fantástico. Também acho muito estranho que ele não seja titular da Espanha. Realmente não entendo isso. Ele é incrível. Estamos jogando juntos no Arsenal há seis anos e ele melhora a cada ano que passa. Ele é o capitão do nosso clube e todos o respeitamos muito.
Na sua casa, você tem uma foto do Diego Maradona levantando a taça da Copa do Mundo da FIFA. Poderia descrever qual o significado dessa foto para você?
Na realidade, nunca realmente imaginei que, um dia, eu poderia ter a possibilidade de também tirar uma foto levantando a taça. Isso está perto de se realizar agora. Tenho uma foto muito bonita dele, em que ele está sendo levantado por alguns colegas enquanto segura a taça com um grande sorriso. O retrato está na minha sala de jogos e é uma imagem fantástica. Ele expressa muita felicidade, muita paixão e tudo o que um futebolista precisa ter. Se ganharmos, talvez eu possa tirar uma foto como aquela com o troféu.
Como você acha que serão os momentos antes da final?
Nunca joguei uma final de Copa do Mundo, é claro. Não me preocupo muito com o adversário. Sou curto e grosso ao falar com os jogadores do outro time. Não é nada fora do normal. Não é diferente de um jogo da Premier Legue ou de um torneio europeu. Você precisa estar bem concentrado. Quando você entra no estádio, você tem 45 minutos para fazer de tudo — colocar uma fita de proteção no seu tornozelo ou receber uma massagem rápida. Depois, você tem 30 minutos para se preparar e, então, a partida começa. Não há nada de realmente emocionante.
Você está a apenas 90 minutos de poder ser campeão mundial...
É bizarro e meio esquisito. Eu tento não pensar demais nisso. Tento não pensar no jogo em si e nas possíveis consequências.

ALEMANHA A MELHOR SELEÇÂO DA COPA

URUUruguai 2 GERAlemanha
Marcell Jansen of Germany celebrates scoring his side's second goal with team mates Thomas Mueller and Cacau






Duas seleções da tradição de Aleanha e Uruguai sabem valorizar a disputa por um lugar no pódio. Neste sábado, nenhum desses gigantes 'aliviou', disputando um grande jogo apesar da decepção da eliminação da disputa pelo título e mesmo debaixo de forte chuva em Port Elizabeth. No fim, com duas viradas no placar, a Alemanha levou a melhor, vencendo por 3 a 2.
Com o placar, a renovada Nationalelf fechou o torneio de cabeça erguida e com o orgulho de ter o melhor ataque até aqui. O time chegou a 16 gols na Copa do Mundo da FIFA, liderando a tabela de gols do Mundial com vantagem de quatro gols para a Holanda e cinco para a própria Celeste.
Apesar o segundo revel seguido, a Celeste também não deve se abalar com este desfecho, já que conseguiu sua melhor campanha em 40 anos, repetindo o quarto lugar obtido no México 1970.
O confronto colocou ainda mais dois atacantes empatados na artilharia da Copa, com o ingresso de Diego Forlán e Thomas Müller, ao lado do espanhol David Villa e do holandês Wesley Sneijder, que têm ainda mais um jogo para fazer em solo sul-africano, neste domingo, na decisão no Soccer City de Johanesburgo.
A Alemanha entrou com quatro novidades em relação ao time-base que apresentou durante a competição. No gol, Jörg Butt entrou no lugar de Manuel Neuer. O capitão Philipp Lahm foi substituído por Dennis Aogo. Na frente, Lukas Podolski e Miroslav Klose ficaram sem condições de jogo, dando vaga para Marcell Jansen e Cacau. Ao não entrar em campo, devido a dores lombares, Klose acabou ficando a um gol do recorde histórico do brasileiro Ronaldo na história da Copa do Mundo da FIFA.
Apesar da queda em termos de notoriedade e talento, os germânicos mostraram que têm um sistema de jogo que empurra suas peças com eficiência. Diante dos uruguaios, o time pode não ter sido implacável do modo como atuou diante de Inglaterra e Argentina, nas primeiras duas rodadas dos mata-matas, mas teve uma exibição muito superior à da derrota para a Espanha, na semi.
Seu ataque chegou em peso à área adversária durante o primeiro tempo, quando seus meio-campistas encostavam os homens de frente com fortes arranques e sempre muito bem posicionados. Mas seu primeiro gol saiu por outros meios. Bastien Schweinsteiger soltou uma bomba do meio da rua, e Fernando Muslera teve dificuldades para fazer a defesa. No rebote, Müller, que acompanhou todo o lance, apareceu para arrematar com classe, de chapa, no canto esquerdo, aos 19 minutos.
Do outro lado, o time sul-americano também fez uma boa apresentação, desfrutando do ótimo entrosamento que seu trio ofensivo ganhou durante o torneio. Forlán, Luis Suárez e Edinson Cavani levaram muito perigo quando desciam no contra-ataque. Foi o que aconteceu aos 28 minutos, quando o valente Diego Pérez fez um desarme preciso contra Schweinsteiger na linha do meio-campo. Ele reagiu rapidamente, passando para Suárez. O centroavante controlou a bola e esperou pela passagem de Cavani, dando um passe na medida. O atacante dominou e tocou na saída de Butt.
Para o segundo tempo, a Celeste voltou mais adiantada, ocupando mais espaços no campo de ataque, passando a incomodar com frequência a meta alemã. Suárez e Forlán tiveram suas chances, até o talento do craque do Atlético de Madri fazer a diferença, aos 51 minutos. Ele recebeu cruzamento de Arevalo Ríos, se ajeitou com oportunismo e bateu de voleio, para o chão. A bola quicou e entrou no canto esquerdo, na virada sul-americana.
A partir daí, porém, gradativamente o jogo passou a pender para a Alemanha, que reteve mais posse de bola e acabou marcando dois gols em bolas aéreas. O primeiro veio com Jansen, até meio sem jeito. Um cruzamento de Eric Boateng da direita, de longe, encontrou o meia bem posicionado para cabecear, aproveitando-se da saída desajeitada de Muslera, aos 56.
O gol da virada saiu a oito minutos do fim, em cobrança de escanteio. Mesut Özil cobrou escanteio da esquerda. Após confusão na área, a bola sobrou para o volante Khedira encobrir Muslera com a cabeça.
A emoção na partida durou até o fim, aos dois minutos de acréscimo, quando Forlán acertou o travessão em uma cobrança de falta próxima à área. Ele acertou um chute firme, por cima da barreira. A bola explodiu na trave no ângulo dire


Wesley Sneijder ´´É O CARA´´

Netherlands' midfielder Wesley Sneijder and (at R) Spain's striker David Villa, both celebrating after scoring
Laranja ou vermelho. Em breve, o mundo saberá qual cor será a tendência das próximas estações do planeta bola. Em outras palavras, Holanda e Espanha, as duas seleções que encantaram os torcedores durante a Copa do Mundo da FIFA 2010, decidem neste domingo, no Estádio Soccer City, quem será a força suprema da nova ordem do futebol mundial.
Encerrado o torneio, teremos um campeão inédito, que se juntará a Uruguai, Itália, França, Brasil, Alemanha, Inglaterra e Argentina no seleto grupo de países que já ergueram a cobiçada taça pelo menos uma vez.
O jogoHolanda x Espanha, final, Johanesburgo (Estádio Soccer City), domingo, 11 de julho, 20h30 (15h30 em Brasília, 19h30 em Lisboa)
A balança não poderia estar mais equilibrada. O histórico deste confronto revela um empate técnico entre as duas seleções, que se enfrentaram nove vezes, com quatro vitórias para cada lado.
A Furia disputará a primeira final de Copa do Mundo da FIFA da sua história, um feito alcançado pela mesma geração que em 2008 acabou com o jejum de títulos que já durava 44 anos ao conquistar a Eurocopa. A Laranja Mecânica, por sua vez, terá a terceira tentativa de se consagrar, após ter perdido as decisões de 1974 e 1978 para dois anfitriões, Alemanha e Argentina respectivamente.
A Holanda chega ao último jogo com uma campanha irrepreensível. Venceu as seis partidas que disputou, marcando 12 gols e sofrendo 5. Já a Espanha estreou com derrota, mas desde então somou cinco vitórias consecutivas, tendo balançado bem menos as redes, apenas sete vezes, mas com uma defesa muito mais sólida, que só foi vazada em duas ocasiões.
Além disso, o vencedor do confronto conseguirá romper uma "maldição" de 80 anos ao conquistar o primeiro título de uma seleção europeia fora do Velho Continente.

                                                                       O duelo

                                      Wesley Sneijder (NED) x David Villa (ESP)

Wesley SNEIJDER                                     
David VILLA
Artilheiros da África do Sul 2010 (antes da partida pelo terceiro lugar) e candidatos à Bola de Ouro adidas de melhor jogador do torneio, Sneijder e Villa farão um duelo à parte, que vai além da disputa pelo título mundial. Foi dos pés de ambos que saiu a maioria dos gols que pavimentaram o caminho das suas seleções até esta final inédita. Conseguirá algum deles levar três troféus para casa?

O número

8 — Esta será a oitava final 100% europeia da história da Copa do Mundo da FIFA. As 14 decisões realizadas desde 1954 tiveram sempre pelo menos um representante do continente, em um total de 16 finais em que isso aconteceu. Apenas duas vezes a partida decisiva foi disputada apenas por seleções sul-americanas, enquanto que nas nove restantes um país da Europa e outro da América do Sul mediram forças.
O que eles disseram"Não acho que David Villa seja o jogador mais perigoso da Espanha. Os que devem ser acompanhados de perto são Xavi e Iniesta. São eles que determinam o jogo e garantem que as bolas cheguem a Villa. Não podemos permitir que joguem, que tenham liberdade. Precisamos marcá-los muito bem, porque se lhes dermos o menor espaço que seja, teremos problemas." Arjen Robben, atacante da Holanda
"Não acredito que a Holanda jogará fechada. Tem jogadores rápidos e em grande fase, será como nós, fiel ao próprio estilo. Conheço Robben, é veloz, potente e forte. O chute que costuma dar de fora da área me preocupa, mas temos que tentar marcá-lo. A Holanda, porém, não é apenas Robben. Eles são fortes na defesa e no meio-campo. Sneijder e Kuyt são igualmente perigosos." Iker Casillas, goleiro da Espanha

´´3ºa´´ VAGA SERÁ DA ALEMANHA

This combo of recent photos shows Uruguay's striker Diego Forlan (L) and Germany's striker Miroslav Klose (R)
À primeira vista, a disputa pelo terceiro lugar da Copa do Mundo da FIFA 2010 pode parecer uma tarefa ingrata, mas, muitas vezes, acontece exatamente o contrário. Do ponto de vista alemão, basta lembrar 2006 e a festa da vitória depois do triunfo germânico sobre Portugal por 3 a 1 na cidade de Stuttgart.

Algo parecido aconteceu na Itália, em 1990, quando a Azzurra venceu a Inglaterra por 2 a 1 após ter sido derrotada pela Argentina na semifinal. As surpreendentes Turquia (2002), Croácia (1998) e Suécia (1994) coroaram as suas campanhas com a conquista da medalha de bronze naquelas edições da Copa do Mundo da FIFA. Isso sem contar o fato de que, sem as pressões da mídia e da torcida, as equipes costumam jogar um futebol mais leve e solto, proporcionando muitas vezes um grande espetáculo de muitos gols e belas jogadas.  


O jogo

Uruguai x Alemanha, decisão do terceiro lugar, Estádio Nelson Mandela Bay/Port Elizabeth, sábado, 10 de julho, 20h30 (15h30 em Brasília, 19h30 em Lisboa)


Esta não é a primeira vez em que Uruguai e Alemanha se enfrentam na decisão do terceiro lugar de uma Copa do Mundo da FIFA. O duelo aconteceu pela primeira vez no México, em 1970, perante mais de 100 mil espectadores. A Alemanha tinha sido derrotada pela Itália na semifinal e o Uruguai amargara uma derrota por 3 a 1 para o Brasil, que viria a conquistar o tricampeonato mundial. A partida acabou sendo decidida com um gol de Overath, que deu a medalha de bronze aos alemães como um bom presságio para o título mundial que seria obtido quatro anos depois. Na história do confronto direto, foram seis vitórias da Alemanha, dois empates e apenas uma vitória do Uruguai, que ocorreu nos Jogos Olímpicos de 1928, quando a Celeste acabou conquistando o título.  

O Uruguai, por sua vez, faz a sua melhor campanha desde o Maracanazo de 1950 no Brasil e superou todas as expectativas da sua fanática torcida. O objetivo agora é terminar o torneio com uma bela vitória sobre a Alemanha. O artilheiro Luis Suárez volta à equipe depois de ter cumprido suspensão automática, o capitão Diego Lugano deverá retornar devidamente recuperado da contusão no joelho e o artilheiro Diego Forlán, com quatro gols já marcados, está pronto para jogar, mesmo porque ainda tem esperanças de conquistar a Chuteira de Ouro adidas.

Na Alemanha, que disputa o seu 99º jogo na história da Copa do Mundo da FIFA, todos os holofotes estão voltados para Miroslav Klose — se ele fizer mais um gol, igualará o recorde do brasileiro Ronaldo, que ostenta 15 gols marcados em Mundiais. Porém, Klose não está garantido, pois sente dores na coluna vertebral e é dúvida para o técnico Joachim Löw, assim como Mesut Özil (dores musculares) e Sami Khedira (panturrilha). Por outro lado, há a expectativa do aproveitamento na equipe titular de jogadores como Serdar Tasci, Dennis Aogo e Stefan Kiessling. 


O duelo

Miroslav Klose x Diego Forlán


Ambos já marcaram quatro gols e podem conquistar a Chuteira de Ouro adidas. Além disso, como já mencionado, Klose pode alcançar ou até quebrar o recorde mundial de gols marcados na história da Copa do Mundo da FIFA. É de se esperar, portanto, que os dois artilheiros busquem o gol como nunca.


O número
10 — Uma prorrogação é improvável, já que as últimas dez partidas da Alemanha terminaram todas tendo um vencedor. É bem possível, portanto, que não haja um empate entre as duas equipes.



O que eles disseram

"Em primeiro lugar precisaremos superar a decepção pela derrota contra a Espanha e preparar todos os jogadores para encarar com seriedade este compromisso. Queremos terminar bem a competição porque, apesar da derrota na semifinal, fizemos uma bela campanha. Estou muito orgulhoso com o desempenho da minha equipe." Joachim Löw, técnico da Alemanha

"Será um jogo muito difícil. Vamos jogar com o mesmo entusiasmo e comprometimento que mostramos contra a Holanda. Não temos garantias que vamos vencer, mas vamos lutar até a morte. A nossa tarefa é conquistar a medalha de bronze. Conheço bem o selecionado alemão e sei que não vai ser fácil. Precisaremos lutar muito para vencer." Oscar Tabárez, técnico do Uruguai.

As uruguaias esbanjaram sorrisos antes da partida

JABULANI VAI ROLAR ÁS 15:30

Fases Finais