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2010/06/28

EU JÁ SABIA ´´BRASIL X HOLANDA´´

BRABrasil 3 CHIChile 0



Luis Fabiano of Brazil (R) celebrates scoring the second goal with teammate Kaka
A promessa de Marcelo Bielsa de colocar a equipe chilena para encarar o Brasil jogando do jeito que sabe, atacando, se concretizou. Então, a resposta natural da equipe de Dunga também foi jogar do jeito que melhor sabe: contra-atacando. E o resultado foi parecido com aquele das últimas vezes em que as equipes se enfrentaram nas eliminatórias sul-americanas: partida aberta, bonita e com vitória confortável da Seleção.

Os brasileiros alcançaram as quartas de final da Copa do Mundo da FIFA pela quinta edição consecutiva nesta segunda-feira com uma apresentação segura e um bocado de lances rápidos em contra-ataques que arrancaram aplausos do estádio Ellis Park, em Johanesburgo. Juan, Luís Fabiano e Robinho marcaram os gols da vitória por 3 a 0 que definiu Brasil x Holanda como a terceira partida das quartas de final da África do Sul 2010.

Os brasileiros e os holandeses – que superaram a Eslováquia por 2 a 1 nesta segunda-feira - voltam a campo na próximo sexta-feira, dia 2 de julho, às 16h locais (11h de Brasília, 15h de Lisboa), em Nelson Mandela Bay/Port Elizabeth, para disputar uma vaga na semifinal.
Mais uma vez, por conta de problemas físicos, Dunga teve que alterar a formação do meio-campo brasileiro, com Ramires na vaga de Felipe Melo e Daniel Alves, na de Elano. Isso além do retorno de Kaká, suspenso no emapte sem gols contra Portugal, e Robinho, poupado daquele jogo.

Os chilenos de Marcelo “El Loco” Bielsa, por sua vez, seguiram fiéis a seu estilo ofensivo, com Jean Beausejour, Mark González, Alexis Sánchez e o centroavante Humberto Suazo dividindo as funções ofensivas.

E, de fato, os primeiros minutos de jogo mostraram um Chile disposto a partir para cima e, com isso, ceder espaços à Seleção – algo de que o time de Dunga vinha precisando neste Mundial. A estratégia tinha seu quê de louvável, por corajosa. Mas o resultado foi similar àquele das duas vezes em que as equipes se enfrentaram pelas eliminatórias para a Copa do Mundo.

Os brasileiros já haviam levado perigo em chutes de fora da área de Gilberto Silva e Ramires, mas a partir dos 25 minutos, quando diminuíram o ritmo da partida e aos poucos passaram a controlar as ações, a impressão de que a vantagem era questão de tempo ficava mais e mais clara. A diferença desta vez foi que o quebra-gelo não veio com uma jogada individual do ataque brasileiro, mas por um caminho até então pouco explorado, o da bola parada.

Aos 34 minutos, Maicon bateu escanteio no segundo pau e Juan subiu muito para cabecear no canto alto direito, sem chance para Claudio Bravo. E o que já era uma partida com mais espaços do que o habitual para a Seleção se tornou o palco para aquilo que mais tem caracterizado o time de Dunga: os contra-ataques rápidos e mortais. Foi assim aos 38, quando Robinho recebeu pela esquerda, avançou e encontrou Kaká na meia-lua. O camisa 10 deu um passe genial, de primeira, que deixou Luís Fabiano cara a cara com Bravo. O artilheiro teve calma para driblar o goleiro e levar o Brasil para o vestiário com uma vantagem confortável.

Quando as duas equipes voltaram a campo, já era claro e certo: o Chile precisava se soltar ainda mais, e a porta para o contra-ataque brasileiro já não se fechava mais. Para isso, a presença de Ramires no lugar de Felipe Melo acabou sendo ideal. O meio-campista do Benfica, um dos destaques do jogo, engatou uma arrancada rápida aos 14 minutos e, na entrada da área, serviu Robinho. O camisa 11 tocou de primeira no canto esquerdo e marcou seu primeiro gol na Copa do Mundo.

Tanto o Brasil teve chance de aumentar quando corria pelo campo aberto para contra-atacar quanto o Chile ficou perto de diminuir a vantagem, sobretudo com Suazo, que obrigou Júlio Cesar a uma boa defesa e, minutos depois, acertou um chute mascado que subiu e tocou o travessão. Mas o resultado já não mudaria mais, e a única nota importante para o próximo jogo foi o cartão amarelo recebido justamente por Ramires, que não enfrenta a Holanda.

NEDHolanda 2 X 1    


DURBAN, SOUTH AFRICA - JUNE 28: Team mates celebrate with Arjen Robben of the Netherlands as he scor
Arjen Robben mostrou nesta segunda-feira porque a notícia de sua lesão a poucos dias da Copa do Mundo da FIFA era uma bomba. Com um estiramento muscular, sua participação no torneio era colocada em risco. Mas uma recuperação acelerada o garantiu na África do Sul 2010, e a Holanda não tem do que reclamar.
No confronto com a Eslováquia, o talento do craque do Bayern de Munique foi decisivo para a definição da vitória por 2 a 1, em Durban, que coloca a Laranja Mecânica nas quartas de final da competição, à espera de quem sair do confronto entre Brasil e Chile.
Começando um jogo pela primeira vez como titular no torneio, Robben foi um tormento para a defesa eslovaca, com suas arrancadas pela direita. Foi desta forma que ele fez o único gol do jogo, aliás, em um tipo de lance que está se tornando sua marca registrada (basta lembrar os gols que fez nos mata-matas da Liga dos Campeões da UEFA nesta temporada).
Aos 18 minutos, ele recebeu no mano-a-mano contra o lateral, o atacante cortou para o centro, carregou um pouco a bola até arrumar o mínimo espaço, e bateu de fora da área, rasteiro, no canto direito do goleiro Jan Mucha. Uma jogada simples, mas bonita e, melhor ainda, eficiente.
Esse tipo de jogada se repetiria ainda na partida, embora seu o mesmo sucesso. De todo, em um lampejo, o craque teve atuação preponderante. Poupado dos dois primeiros jogos da Holanda pelo Grupo E, contra Japão e Dinamarca, o atacante fez sua estreia no torneio na terceira rodada, contra Camarões, entrando aos 28 minutos do segundo tempo. Diante dos eslovacos, ele atuou por 71 minutos, sem demonstrar sinais de cansaço, dando lugar ao jovem Eljero Elia.      
O segundo gol holandês saiu dos pés de seu outro astro, Wesley Sneijder, aos 84 minutos, mas com bons méritos para o brigador Dirk Kuyt. Em contra-ataque, o jogador do Liverpool ganhou uma disputa com Mucha na área pelo alto, controlou a bola com tranqüilidade e rolou para o centro, numa assistência perfeita para o meia da Internazionale completar com categoria, com o gol escancarado à sua frente.
A Eslováquia até que teve chances para empatar o jogo no segundo tempo, quando sua desvantagem ainda era de 1 a 0, mas acabou esbarrando no goleirão Maarten Stekelenburg. Aos 67 minutos, o habilidoso Stoch recebeu a bola pela ponta esquerda, cortou para a área e soltou uma bomba para ótima defesa do arqueiro. Logo na sequência, ele parou o centroavante Róbert Vittek. O gol de honra só foi sair literalmente no último lance da partida, em cobrança de pênalti do Vittek, que agora soma quatro, empatado com Gonzalo Higuaín na artilharia.
Seu adversário, porém, de um modo geral, foi dominante em campo, exibindo um futebol pragmático, sem reter tanto a bola (a posse foi de 52%), com uma marcação muito segura. Sem ser derrotado desde um amistoso contra a Austrália em 2008, o time venceu todos seus jogos pelas eliminatórias europeias e todos seus quatro confrontos agora na África do Sul 2010.  O último país a ter levado o título com uma campanha perfeita dessas foi o Brasil no México 1970. Para os laranjas, faltam agora três jogos para tentarem se equiparar a esse histórico esquadrão.
Essa é a quinta vez que Holanda chega ao grupo dos oito primeiros da Copa do Mundo da FIFA, e a primeira vez que a seleção vence oito partidas consecutivas e quatro no torneio. Já a Eslováquia se despede de cabeça erguida, depois de ter eliminado a atual campeã Itália em sua estreia.

2010/06/27

BRASIL E HOLANDA CUIDADO´´OLHA A ZEBRA´´

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Chile quer revanche contra favorito Brasil

Brazil player Gilberto Silva (R) vies for the ball with Chilean Alexis Sanchez (L)
Vencer e jogar bem seja qual for o adversário. Esse é o preço a ser pago quando uma equipe é a favorita de todas as competições de que participa. Tal é a eterna obrigação do Brasil. A tarefa, no entanto, se anuncia mais complicada quando do outro lado do campo está uma seleção chilena irresistível desde a chegada do comandante Marcelo Bielsa.
Chile
Acrescente a isso a disputa por uma vaga nas quartas de final da Copa do Mundo da FIFA 2010 e o resultado é a garantia de um confronto imprevisível. Ainda mais porque o Chile, derrotado duas vezes pelos pentacampeões mundiais nas eliminatórias (por 4 a 2 e 3 a 0) estará disposto a evitar uma terceira derrota a qualquer custo.


Arjen Robben (R) of the Netherlands celebrates with team mate John Heitinga after Klaas Jan Huntelaar scores his side's second goal during the 2010 FIFA World Cup South Africa Group E match
A partida entre Holanda e Eslováquia é o confronto entre um favorito e uma surpresa, entre um já conhecido participante de grandes competições e um estreante, entre um elenco de astros do futebol e uma equipe resistente. A oitava de final da Copa do Mundo da FIFA, que será disputada no Estádio de Durban nesta segunda-feira, é ainda um confronto de estilos que deve capturar a atenção de todos os amantes de futebol do planeta e vai assegurar ao vencedor uma vaga entre as oito melhores seleções do mundo.

O favorito encontra o azarão

Aparentemente, os azarões costumam causar um impacto maior na Copa do Mundo da FIFA quando o torneio é realizado fora da Europa. Se isso continuar se confirmando, a África do Sul 2010 poderá ser o palco perfeito para que as seleções consideradas mais fracas continuem estragando a festa dos países mais tradicionais.

Azarões querem mais

Já tivemos um bom número de zebras até o momento. As mais impressionantes foram as eliminações da atual campeã Itália e da França. Esta foi a primeira vez na história em que os dois finalistas da edição anterior não passaram da fase de grupos. O FIFA.com aproveita para observar os azarões do torneio que mais uma vez estão contrariando as previsões.
Nada a perder
A Eslováquia está longe de ser a primeira estreante que se classificou para a segunda fase da Copa do Mundo da FIFA – sete outras seleções já haviam conseguido isso no último quarto de século. Mas os comandados do técnico Vladimír Weiss roubaram o show ao derrotarem a Itália por 3 a 2 para enfrentarem a Holanda nas oitavas de final. Com os dois gols que marcou na partida, o atacante eslovaco Robert Vittek chegou a três e está no topo da artilharia do torneio. Agora, ele quer continuar a surpreender com o seu país. "Os holandeses são claramente os favoritos, mas vamos tentar dificultar as coisas para eles", declarou o jogador de 28 anos. "Somos novatos na competição e não temos nada a perder."As seleções da Ásia também conseguiram uma marca histórica: duas equipes da AFC passaram da fase de grupos pela primeira vez desde a realização da primeira Copa do Mundo da FIFA no continente em 2002. A Coreia do Sul, que chegou à semifinal há quatro anos, quando co-sediou o evento, foi a primeira a obter a sua classificação. Os coreanos eliminaram a Nigéria com um empate em 2 a 2 e ficaram na segunda colocação do grupo atrás da Argentina. Mesmo com a derrota diante do Uruguai nas oitavas, deixaram boa impressão.O Japão, que nunca havia vencido uma partida da Copa do Mundo da FIFA fora de casa até este torneio, fez uma campanha impressionante e terminou na segunda colocação do seu grupo atrás da Holanda. Considerado o mais fraco da chave, o selecionado nipônico superou Camarões e Dinamarca, entusiasmando o mundo com um futebol que deixa a bola rolar. Shinji Okazaki, que marcou o seu primeiro gol no Mundial na vitória por 3 a 1 contra a Dinamarca, está vibrando com a expectativa de enfrentar o Paraguai no mata-mata. "Os sul-americanos entram com mais vontade nas divididas, mas podemos ganhar deles se jogarmos com confiança", disse o atacante.Outros dois azarões que quase conseguiram surpreender foram Suíça e Nova Zelândia, que perderam por pouco a chance de chegarem às oitavas. As duas equipes poderiam ter se classificado se tivessem conseguido mais que um empate sem gols na terceira rodada.Apesar de ter se tornado a primeira seleção anfitriã a não se classificar para a segunda fase de uma Copa do Mundo da FIFA, a África do Sul terminou a competição de cabeça erguida. Os sul-africanos conseguiram uma inesquecível vitória por 2 a 1 sobre a França, que está 74 posições acima deles no Ranking Mundial da FIFA/Coca-Cola. O técnico Carlos Alberto Parreira reconheceu os esforços da sua equipe. "É uma decepção que não tenhamos nos classificado, mas a nação está orgulhosa de nós", afirmou o brasileiro. "Quero dizer aos jogadores para continuarem trabalhando. Vamos ao Brasil em 2014.'"
Eslováquia

O JOGO DA FINAL

ARGArgentina GERAlemanha


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Confronto de gigantes / Crédito: AFP
 Argentina e Alemanha, duas das seleções que são vistas como favoritas na Copa 2010, se enfrentam nas quartas de final. As duas venceram neste domingo (27) e conseguiram vaga para seguir adiante no torneio. A partida acontecerá no sábado (3) às 11h, na Cidade do Cabo.


Argentina passa pelo México e agora enfrenta a Alemanha

A Alemanha goleou a Inglaterra por 4 a 1 na manhã  de hoje em uma partida marcada por um erro grosseiro da arbitragem, que não validou um gol inglês em que a bola cruzou a linha. Apesar disso, o erro não apagou a força da vitória alemã. A seleção tricampeã abriu 2 a 0 ainda no primeiro tempo, com gols de Klose e Podolski. Os ingleses diminuíram com uma cabeçada de Upson, aos 37, e logo depois Lampard chutou de longe, a bola tocou no travessão e quicou dentro do gol – que não foi assinalado pelo juiz.

Depois de um início de segundo tempo confuso, a Alemanha decidiu se aproveitar das jogadas de contra-ataque e foi assim que saíram os dois gols que enterraram os sonhos da Inglaterra de continuar na copa – os dois marcados por Muller.

Às 15h30, era a vez de Argentina e México decidirem quem ficava com a vaga restante nas quartas. O México começou atacando, com Salcido mandando uma bola na trave e Hernández arriscando de longe, mas aos 24 a Argentina abriu o placar com um gol irregular de Tévez, que mandou de cabeça depois que o goleiro Pérez deu rebote e Messi mandou para o companheiro, em posição de impedimento, desviar para o gol vazio.






Mexicanos protestam contra gol ilegal


Aos 32, Higuaín se aproveitou de uma falha de Osório na frente da área, roubou a bola, driblou o goleiro e ampliou para os argentinos. Perdendo por 2 a 0, o México não conseguiu se impor no segundo tempo e levou o terceiro logo aos 6 minutos, quando Tévez acertou um lindo chute de fora da área.

O gol de honra dos mexicanos veio aos 26, quando Javier Hernández recebeu um passe de Torrado pela esquerda, dominou, invadiu a área e chutou forte, indefensável, diminuindo para o México.
Carlos Tevez of Argentina celebrates scoring the opening goal

Lição para quem quer que vá a enfrentar a Argentina e seu trio de ataque: melhor não cometer erros. Nem por alguns instantes.

O México esteve mais perigoso no início da partida deste domingo no Soccer City e dava a impressão de que seria capaz de, no mínimo, complicar muito a passagem dos argentinos às quartas de final da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010. Vieram, então, sete minutos que decidiram tudo: aos 26 do primeiro tempo, Carlos Tévez abriu o placar e, aos 33, após interceptar um passe errado de Ricardo Osorio, o novo artilheiro isolado do Mundial, Gonzalo Higuaín, fez 2 a 0. A vantagem deu tranquilidade – e espaços – à equipe de Diego Armando Maradona para alcançar uma vitória por 3 a 1, que a coloca frente a frente com a Alemanha nas quartas.

Depois de ter se encontrado com o mesmo México que eliminou nas oitavas de final da Alemanha 2006 – ocasião em que marcou 2 a 1 na prorrogação -, a Argentina encara agora também o mesmo rival nas quartas, já que no último Mundial acabou eliminada nos pênaltis pelos alemães. O confronto será no próximo sábado, dia 3 de julho, na Cidade do Cabo.
Gols na hora certa
A julgar pela escalação de Javier Aguirre, era de se supor que os mexicanos não entrariam em campo dispostos a se defender: com Javier Hernández, Adolfo Bautista e Giovani dos Santos no ataque, os astecas tomaram a iniciativa desde o primeiro minuto e por pouco não saíram na frente, com um chute de muito longe do lateral Carlos Salcido, que acertou o travessão logo aos oito minutos, e uma bela finalização de três dedos de Andrés Guardado no minuto seguinte, que triscou a trave direita de Sergio Romero.

O problema de uma formação ofensiva, diante de uma equipe como a da Argentina, são os inevitáveis espaços deixados na intermediária defensiva. Nas poucas vezes em que chegavam com seu endiabrado trio formado por Lionel Messi, Carlos Tévez e Gonzalo Higuaín, os sul-americanos causavam problemas. Ao primeiro sinal de vacilo da zaga mexicana, saiu o gol: Lionel Messi ficou com uma bola rebatida do meio-campo, arrancou e lançou Tévez dentro da área. O goleiro Oscar Perez chegou um pouco antes do atacante do Manchester City, mas não agarrou a bola. A sobra ficou com Messi, que levantou na cabeça de Tévez. Sozinho na pequena área, o camisa 11 abriu o placar.

Segunda falha mexicana – essa bem mais grave – e logo veio o segundo. Ricardo Osorio errou um passe bisonho na entrada da área. Higuaín roubou a bola, deu um lindo drible no goleiro Perez e aumentou o placar. Foi o quarto gol do atacante do Real Madrid na competição, o que faz dele o artilheiro isolado até aqui.
Era o tipo de vantagem que a Argentina precisava para se soltar e saber que, até o final da partida, não deixaria de ter situações para seus velozes atacantes brilharem. Apesar de terem seguido firmes na intenção de criar pressão e acuar os argentinos, os mexicanos já não podiam fazer muito para evitar que houvesse espaços abertos em sua defesa. Com a necessidade de buscar o empate, esses só aumentaram.

Logo no princípio do segundo tempo, a Albiceleste praticamente decretou a vitória, mais uma vez com Tévez: ele teve seu chute bloqueado pela zaga, insistiu e, da entrada da área, bateu a gol mais uma vez: um chutaço que foi no ângulo esquerdo de Perez.

Apesar de as chances de uma virada irem parecendo cada vez mais remotas, os mexicanos não desistiram e continuaram jogando bem. Passaram toda a segunda etapa criando oportunidades, inclusive uma em que Martín Demichelis impediu o gol em cima da linha. O esforço teve uma recompensa, ainda que como consolação. Mas foi das mais bonitas. Javier Hernández recebeu na meia-lua, girou com velocidade e acertou uma bomba de esquerda no ângulo de Romero. Foi o último suspiro antes do fim de um jogo em que a Argentina pode não ter mostrado quanto é brilhante, mas certamente deixou claro que sabe ser efetiva.
Diego Maradona head coach of Argentina celebrates Gonzalo Higuain of Argentina scoring

ALEMANHA ´´QUE VENHA ARGENTINA´´

GERAlemanha
SHOW DE BOLA
Miroslav Klose of Germany (L) celebrates scoring the opening goal with Thomas Mueller of Germany

Assim que foi definido o confronto entre Alemanha e Inglaterra pelas oitavas de final as expectativas apontavam para um duelo equilibrado e para uma batalha nervosa entre dois rivais históricos. Mas neste domingo em Bloemfontein, o que se viu foi uma enorme superioridade da jovem equipe alemã, que praticamente não deu chances aos rivais.
Com enorme criatividade, contra-ataques mortais e grandes atuações de Thomas Müller e Mesut Özil, os tricampeões mundiais foram os protagonistas do melhor jogo da Copa do Mundo da FIFA até agora e chegaram a uma goleada por 4 a 1 com direito a festa para a torcida.
Müller, em jornada inspirada, marcou dois gols e se tornou o sétimo jogador a contabilizar três no Mundial. Já Özil foi mais uma vez o maestro da equipe e mostrou que, mesmo aos 21 anos, tem todas as condições de conduzir o grupo a voos mais altos. Miroslav Klose deixou o seu e chegou a 12 na história das Copas do Mundo, enquanto Lukas Podolski também marcou presença.
Classificada para as quartas de final pela oitava vez consecutiva, a Alemanha vai enfrentaro vencedor de Argentina e México, que entram em campo no Soccer City mais tarde. Para os ingleses, que haviam oscilado na primeira fase e garantido a classificação com vitória apertada sobre a Eslovênia, Matthew Upson fez o de honra. No entanto, o English Team mais uma vez não contou com boas atuações de jogadores como Wayne Rooney, Steven Gerrard e Frank Lampard e nada pôde fazer para conter os rápidos meias rivais.
A superioridade alemã ficou clara desde o início, quando Özil chegou com tranquilidade dentro da área. Com a zaga batendo cabeça, o gol não demorou para sair. Após o tiro de meta de Manuel Neuer, Klose ganhou de Upson na corrida e tocou na saída de James.
O volume impressionante seguiu e, aos 30, a equipe teve outra chance, após linda troca de passes entre Sami Khedira e Klose, que desta vez perdeu o duelo para o veterano James. No lance seguinte, porém, o quarteto germânico voltou a aparecer com passes rápidos de Özil, Klose e Müller, que deixou Podolski sozinho para marcar o segundo.
As chances iam se multiplicando, mas foi a Inglaterra quem passou a pressionar. Em cruzamento de Steven Gerrard, a bola foi precisa para o zagueiro Matthew Upson, que aproveitou a saída errada de Manuel Neuer para diminuir. Embalados, os ingleses foram para cima e assustaram em belo chute de Lampard, que carimbou a trave.

Crédito: AFP
Com o gol e a pressão no final da primeira etapa, os ingleses foram para o intervalo sonhando com uma reviravolta. E até tiveram motivos logo no início da segunda, quando Lampard mais uma vez balançou o travessão do goleiro alemão. No entanto, o ímpeto inglês parou por aí.
Matthew Upson of England (C) celebrates scoring with teammates John Terry (L) and Wayne Rooney (R)
Da mesma forma que no começo da partida, Özil, Müller e Podolski voltaram a chamar a responsabilidade e assustaram em lances seguidos. Exatamente quando a Inglaterra tentava chegar em escanteios e cobranças de falta, dois contra-ataques mataram o jogo.
No primeiro deles, a troca rápida de passes foi entre dois companheiros de Bayern de Munique: Müller lançou Bastian Schweinsteiger, que puxou até a entrada da área e devolveu com açúcar para o companheiro. O meia entrou e chutou com força, superando James.
No segundo, Arne Friedrich recuperou a bola após um ataque frustrado e lançou Özil pela esquerda. O meia do Werder Bremen ganhou da marcação, entrou sozinho e teve calma suficiente para tocar para Müller no meio da área. Com gol vazio, ele marcou o quarto.
Com ampla superioridade, Joachim Löw tirou de campo os três grandes nomes do jogo (Özil, Muüler e Klose) e preferiu segurar o placar. A Inglaterra ainda chegou com perigo uma última vez, com Gerrard, mas o desânimo dos jogadores já era evidente. Com toque de bola impecável, os tricampeões mundiais fizeram o tempo passar, enquanto a torcida cantava e certamente sonhava com uma sequência ainda melhor na África do Sul.
Alemanha

GANA X URUGUAI

GHAGANA
Asamoah Gyan of Ghana celebrates scoring

O estoque de feitos dramáticos dos Estados Unidos estava esgotado. Depois de conseguirem sua classificação aos mata-matas da de modo custoso, os norte-americanos acabaram eliminados por Gana, neste sábado, em Rustemburgo, na prorrogação, assegurando sua vaga nas quartas de final.
Com esse triunfo, essa já é a melhor campanha dos Estrelas Negras na história da competição. O time agora enfrenta o Uruguai, carregando a torcida do continente, que sediou o Mundial pela primeira vez na história e acabou vendo cinco de seus seis representantes eliminados já na fase de grupos.
Gana, do seu lado, segue muito viva. O time fez um rápido gol contra os EUA e acabaram perdendo o controle do jogo e levaram o empate. Com mais fôlego, porém, levou a melhor no tempo extra. Esse foi o segundo triunfo seguido, em dois jogos pela Copa, do selecionado ganês sobre a equipe americana.
O vigoroso Kevin-Prince Boateng foi quem abriu o placar, aproveitando-se falha na saída de bola do volante Ricardo Clark no meio-campo. O jogador do Hamburgo se atrapalhou ao tentar uma finta no círculo central, foi desarmado e permitiu um contragolpe fatal aos africanos. Prince foi lançado pela direita e partiu com tudo. Foi rápido ao limpar o lance na entrada na área, cortando para a esquerda e batendo de primeira, rasteiro, num chute seco, sem chances para Tim Howard.
The USA team form a huddleA partir daí, porém, a partida passou para os pés dos Estados Unidos. Bradley sacou Clark ainda na etapa inicial, ganhou mais consistência no meio e começou a reter mais a bola em seus pés, em mais boa participação de seu filho, Michael, e do astro da seleção, Landon Donovan.
Os norte-americanos exploraram o ataque tanto pelas laterais, para se aproveitarem de seu perigoso jogo aéreo, como pelo centro, com tabelas envolvendo o grandalhão Jozy Altidore, Donovan e o meia Clint Dempsey. A primeira grande chance para o empate saiu aos 35 minutos, quando Dempsey passou profundamente para Robbie Findley, que deu um toque na bola, entrou na área e chutou rasteiro, tal como Boateng, mas sem buscar tanto o canto, permitindo a defesa de Richard Kingson, com a perna. O goleiro fez uma sólida partida.
Gana chegou a ter suas chances no contra-ataque, mas nessas investidas acabou esbarrando nos concentrados defensores norte-americanos, que se reabilitaram após um início de jogo falho, ou em Howard, como aos 37 minutos, com Kwandwo Asamoah, novamente pela quina da área à esquerda. Dessa vez o goleiro americano estava bem posicionado para também defender com o pé.
No segundo tempo, Bradley fez outra alteração – esta recorrente durante o torneio –, sacando o segundo atacante Findley para colocar o meia Benny Feilhaber, dando assim mais liberdade para seus homens de criação se aproximarem da área. E deu certo.
Aos 47 minutos, Dempsey desceu pela esquerda e serviu a Altidore no centro da área. O centroavante fez um bom passe rápido para Feilhaber, que chegava com tudo. Kingson saiu bem do gol para fazer a defesa, à base do abafa.  
A pressão continuou. Aos 62, veio o empate. Dempsey dessa vez avançou pela faixa central de campo e foi derrubado por uma carga do defensor ganês Jonathan Mensah. Donovan foi para a cobrança e guardou, com goleiro de um lado e bola para o outro.
A energia norte-americana, contudo, foi caindo à medida que o segundo tempo avançava. E Gana voltava a aparecer no ataque, especialmente nos minutos finais, embora sua chegada à área não tão incisiva até o apito final.
Bem diferente da arrancada de Asamoah Gyan aos 93 minutos, já na prorrogação. Um balão direto da intermediária ganesa encontrou o atacante no mano-a-mano com Carlos Bocanegra. Em jogo de corpo com o zagueiro norte-americano, Gyan levou a melhor e conseguiu preparar a bola pela esquerda para soltar uma bomba por cima de Howard.
O atacante, desta forma, se juntou a Donovan, ao uruguaio Luis Suárez, ao espanhol David Villa, ao argentino Gonzalo Higuaín e ao eslovaco Róbert Vittek como artilheiros da Copa do Mundo da FIFA, todos com três gols. Na primeira fase, ele havia feito dois em cobranças de pênalti na vitória contra a Sérvia e no empate com a Austrália.
Nos últimos minutos, em mais uma tentativa de reação, os EUA até mandaram seu goleiro Tim Howard para a área em cobrança de escanteio, mas sem sucesso.
Gana teve de se suar muito para passar pelos Estados Unidos, mas agora tem um bom período de descanso até enfrentar o Uruguai por uma vaga nas semifinais e manter a esperança africana de título em seu solo. A partida será realizada apenas no dia 2 de julho, próxima sexta-feira
Andre Ayew of Ghana in action