Encerrada a sua terceira Copa do Mundo da FIFA, Iker Casillas desfruta agora de um momento de plenitude. Titular indiscutível da meta espanhola há oito anos, o capitão da Fúria fez na África do Sul um dos seus torneios mais sólidos e ganhou merecidamente a Luva de Ouro adidas por ser o melhor goleiro da competição.
Mas as coisas não começaram tão bem. Mesmo dominando a partida, os espanhóis foram derrotados pela Suíça na estreia, o que gerou críticas de que o guarda-metas não estaria totalmente concentrado. Iker nem se preocupou em responder publicamente — preferiu dar a resposta em campo. Desde o jogo contra os suíços, o goleiro teve um desempenho quase perfeito, tomando apenas um gol contra o Chile em uma bola que desviou na zaga antes de entrar. Assim, ajudou a levar a sua seleção a uma final histórica com a qual os espanhóis sempre haviam sonhado.
Entre os seus grandes momentos, a defesa do pênalti cobrado pelo paraguaio Óscar Cardozo nas quartas de final e as duas defesas no mano a mano ao final da mesma partida. Na semifinal, voltou a brilhar ao salvar dois chutes perigosíssimos de Trochowski e Kroos.
Mais que uma peça-chaveAos 29 anos, Casillas foi decisivo para uma seleção que conquistou o título com escores apertados — cinco das vitórias espanholas foram pela vantagem mínima. Na final, também vencida por 1 a 0, o capitão deu um exemplo de profissionalismo, concentração e determinação, salvando duas bolas frente a frente com Robben e fazendo duas outras defesas extraordinárias.
Ao tomar conhecimento do prêmio, já com o troféu de campeão mundial nas mãos, o arqueiro não escondeu a alegria em conversa exclusiva com o FIFA.com. "É uma verdadeira honra, uma honra e um prazer", descreveu. "É um desses prêmios que a gente busca e não espera ganhar. Agora que está aqui, tenho de aproveitá-lo."
Com humildade, Casillas falou da sua extraordinária participação no torneio, com quatro partidas consecutivas sem tomar gol. "Estamos aqui para isso. Esse é o trabalho do goleiro, evitar os gols como for possível. É claro que é um trabalho coletivo com a defesa, e o prêmio é de todos. Estou realmente feliz. Foi uma noite inesquecível."
Depois de enxugar as lágrimas que já haviam começado a cair no momento do gol decisivo de Andrés Iniesta, o capitão falou da emoção que sentiu ao erguer o troféu da Copa do Mundo da FIFA. "É algo com que se sonha desde criança, o troféu que já vimos Brasil, França e Itália levantarem. A gente vê em videogames, na televisão, em todo lado, mas nem imagina como será quando chegar a nossa vez. Ainda nem posso acreditar."
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