O jogo - Na etapa inicial, até os dez minutos o jogo não empolgava. Muitos erros de passe dos dois lados, pouca criatividade e muita pegada. No primeiro lance incisivo do rubro-negro, saiu o gol. Em uma jogada difícil para o bandeirinha, Nino recebeu de Elkeson na direita, invadiu a área e tentou chutar. O lateral comemorou muito ter errado a batida, pois a bola foi na direção de Schwenck, que desviou e abriu o placar.
O Vitória ganhou confiança após o gol e partiu para cima. Em contrapartida, o Atlético tentava levar perigo em chutes de média distância e em contra-ataques. Por este segundo caminho, surgiu o empate. Ricardinho fez um excelente passe pelo alto para Muriqui, que emendou de primeira, marcando um golaço da entrada da área.
Em seguida, o jogo ficou mais nervoso - primeiro porque o Galo se animou com o empate, depois porque o Vitória passou a buscar mais as laterais, setor frágil da equipe mineiro. Sem muitas alternativas, o Atlético passou a cometer mais faltas. Logo depois de uma delas, surgiu o primoroso cruzamento de Egídio diretamente na cabeça de Schwenck, que desviou a bola apenas o suficiente para deixar Marcelo batido.
O Atlético voltou para a segunda etapa mais ousado, apostando no atacante Ricardo Bueno, artilheiro do Campeonato Paulista pelo fraco Oeste. Aos oito minutos, porém, veio das esperanças de sempre um lance perigoso. Ricardinho, que fez ótima partida, achou Muriqui nas costas da defesa. Perdendo na velocidade, Nino o agarrou. Como o lateral rubro-negro já tinha recebido o cartão amarelo, ao árbitro Francisco Nascimento não restou nada senão expulsá-lo.
A expulsão fez com que o Vitória se encolhesse em seu campo de defesa. O recuo, apesar de natural, deu prejuízo. Aos 22 minutos, Wallace cometeu falta na ponta esquerda da área. O goleiro Vinícius colocou apenas dois jogadores na barreira, o que incentivou Ricardinho, experiente, a bater direto. O camisa 10 do Galo cobrou certeiro para empatar o jogo.
Um minuto depois de o árbitro interromper um lance perigoso do Atlético por conta de um toque de mão de Muriqui, o goleiro Marcelo, do alvinegro, cometeu um erro histórico ao tentar dominar a bola no peito e não perceber a chegada de Schwenck. O atacante entrou com firmeza, o camisa 1 reclamou jogo perigoso, mas o juiz o ignorou. Sem goleiro, Schwenck teve somente o trabalho de completar para o gol.
Aos 37, o Galo mostrou poder de reação. Ricardinho - outra vez ele - acertou cruzamento para a área, Schwenck não alcançou, e Diego Tardelli cabeceou para fazer o gol de empate do time mineiro. Na comemoração, muitos jogadores abraçaram Marcelo.
Parecia ser o fim das esperanças do Vitória. Veio dos pés de Evandro, entretanto, o chute decisivo para a vitória. O estreante entrara apenas cinco minutos antes. Ricardo Conceição puxou contra-ataque, passou para Egídio, que levou a marcação e deixou o ex-atleticano livre para marcar contra seu ex-clube.
- 14º4411256-1
- 15º44112811-3
- 16º3310246-2
- 17º1301213-2
- 18º1301247-3
- 19º1301214-3
- 20º0300327-5
VITÓRIA 4 X 3 ATLÉTICO-MG
Data: 26/5/2010 - quarta-feira
Local: Estádio Barradão, em Salvador
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (AL)
Auxiliares: Carlos Jorge Titara da Rocha (AL) e José Jaime Rocha Bispo (AL)
Cartões amarelos: Nino, Ueliton (Vitória); Coelho, Correa, Jairo Campos (Atlético-MG)
Cartões vermelhos: Nino (Vitória)
Gols: Schwenck, aos 13 min, Muriqui, aos 34 min, Schwenck, aos 40 min do primeiro tempo; Ricardinho, aos 22 min, Schwenck, aos 27 min, Diego Tardelli, aos 36 min e Evandro, aos 42 min do segundo tempo
VITÓRIA
Vinícius; Nino, Wallace, Reniê e Egídio; Ueliton (Fernando), Vanderson, Ricardo Conceição e Lenílson (Evandro); Schwenck e Elkeson (Rafael Cruz)
Técnico: Ricardo Silva
ATLÉTICO-MG
Marcelo; Coelho (Diego Macedo), Werley, Jairo Campos e Leandro; Zé Luís, Fabiano (Ricardo Bueno), Correa (Júnior) e Ricardinho; Diego Tardelli e Muriqui
Técnico: Vanderlei Luxemburgo