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2009/11/27

BASTIDORES DA POLITICA




Luís Caetano, prefeito de Camaçari, será o responsável pela coordenação do GTE
O prefeito de Camaçari, Luís Caetano (PT), vai coordenar o grupo que estará à frente das ações e articulações político-partidárias para o pleito de 2010. Por isso, é o nome natural para assumir, depois, a coordenação oficial da campanha eleitoral com vistas à reeleição do governador Jaques Wagner (PT), no ano que vem. O chamado Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do PT foi anunciado pelo recém-reeleito presidente do partido, Jonas Paulo, em entrevista coletiva para a imprensa, nesta quinta, na sede do PT, logo após a divulgação dos resultados oficiais do PED (processo de eleição direta), na quarta-feira.
O GTE também congrega o próprio Jonas, mais cinco representantes do Diretório estadual; o deputado estadual Professor Valdeci, a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, e o deputado Geraldo Simões no âmbito federal – que ocupou a pasta de Agricultura até o  Partido Progressista (PP)  fechar com o governo, este ano, cedendo espaço para Roberto Muniz (PP).
“Há vontade do governador e disposição minha para coordenar a campanha em 2010, mas não há nada oficial ainda”, disse Caetano. Num primeiro momento, o GTE vai procurar partidos com o fim de promover alianças; irá articular as chapas proporcionais e organizar o programa de governo estadual do PT.
Caetano, que só participou do início da coletiva porque tinha um encontro com o governador Wagner, disse que a ideia é trabalhar para vencer a disputa estadual em primeiro turno, como em 2006. O prefeito tem viajado constantemente com o governador pela Bahia e até participado de discussões sobre escolha de marqueteiros, segundo informam fontes do PT.
Aliança - Na opinião do prefeito de Camaçari, "o PMDB errou saindo do governo", mas Caetano, que foi  preso durante a Operação Navalha, da Polícia Federal, em 2007, não quis se estender sobre o escândalo envolvendo peemedebistas ligados à Agerba que foram  presos e libertados na terça-feira.
Na mesma linha de Wagner, que disse, quando questionado sobre uma suposta retomada de aliança com o PMDB, que não convidaria a legenda porque eles deixaram o governo, Jonas Paulo fez questão de dizer que "voltar ou não é com o PMDB". Ele disse, ainda, que “eles devem estar purgando seus pecados por terem saído”.

Segundo Jonas, a Operação Expresso, que tensionou ainda mais a relação entre os partidos, chegando o PMDB a dizer que sofre perseguição política, é "um caso pontual da administração mas que não deve ser confundido com o projeto maior", que é eleger Wagner. Em outras palavras, o PT não recusaria uma recomposição. Jonas contou que o ministro Geddel participou de uma reunião em Brasília com o PT, no mesmo dia em que explodiu o escândalo de propinas da Agerba, e que o diálogo foi bom.

João Alvarez / Agência A TARDE


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